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O ex-ministro Antonio Palocci afirmou na CPI do BNDES, na terça-feira (2), que a nota de risco de Angola foi rebaixada para permitir que o BNDES aumentasse o volume de empréstimos destinados a obras da Odebrecht no país africano.
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Aos deputados, Palocci afirmou que tratava de assuntos relativos ao banco diretamente com o ex-presidente da instituição, Luciano Coutinho. O depoimento à comissão foi feito a portas fechadas e envelopadas para evitar que o ex-ministro fosse filmado e fotografado. Assessores e imprensa não tiveram acesso. As declarações foram confirmadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" com dois deputados presentes. É a primeira vez que Palocci fala na comissão instalada para investigar o uso do banco de fomento para alimentar o esquema de corrupção durante os governos do PT.
O ex-ministro esteve a frente da Fazenda, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da Casa Civil, no governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Palocci falou por quase cinco horas e concentrou toda a sua narrativa no caso envolvendo Angola. A restrição foi acordada com membros da CPI por conta de acordos de colaboração que o petista negocia com a Procuradoria Geral da República (PGR). A procuradora-geral, Raquel Dodge, apontou que o único anexo da delação relacionado ao tema é o termo de depoimento 21, cujo título é "Negócios em Angola". (EC)
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