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Cotidiano

Pane seca no mar se torna ameaça silenciosa e preocupa a Marinha

Instituição militar alertou que o perigo cresce com a proximidade das férias de verão; veja o que fazer e como evitar

Bruno Hoffmann

04/10/2025 às 15:00

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Embarcações com manutenção precária ou tanques improvisados estão mais suscetíveis a esse tipo de falha

Embarcações com manutenção precária ou tanques improvisados estão mais suscetíveis a esse tipo de falha | Divulgação/Capitania dos Portos-RJ

A Marinha do Brasil alertou nesta semana sobre o risco da pane seca no mar. O perigo cresce com a proximidade das férias de verão, período em que o tráfego de embarcações de lazer se intensifica em todo o País.

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Segundo a Marinha, a ausência de combustível em embarcações de lazer de pequeno a médio porte, geralmente decorrente de planejamento inadequado, é uma das ocorrências mais frequentes identificadas durante as fiscalizações.

Essa prática pode ter consequências graves, desde multas até risco para a vida da tripulação e dos passageiros.

Para a instituição militar, o perfil de risco abrange os condutores que se baseiam exclusivamente nos marcadores de nível de combustível, desconhecem o consumo real dos motores ou não consideram fatores externos, como correnteza e carga embarcada.

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Além disso, embarcações com manutenção precária ou tanques improvisados estão mais suscetíveis a esse tipo de falha.

Para a primeiro-tenente Camilla Marçal do Nascimento, encarregada da Divisão de Inspeção Naval e Vistorias da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ), é fundamental seguir as orientações previstas nas Normas da Autoridade Marítima (Normam), que recomendam a utilização da “regra de um terço” no cálculo do combustível.

“Trata-se de uma infração à segurança da navegação, e essa negligência pode levar a autuações, multas e à abertura de um inquérito administrativo. Entretanto, essa situação é totalmente evitável, principalmente se o condutor seguir a regra: um terço de combustível para a ida, um terço para a volta e o restante como reserva de segurança”, explicou a militar.

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Evite o problema

Veja as orientações da especialista aos condutores.

  • Conhecimento profundo sobre a embarcação: entender o consumo exato do motor;
  • Reabastecer antes de sair: não confiar somente no nível do tanque;
  • Considerar os fatores externos que afetam diretamente o consumo: vento, maré, correnteza e peso da carga;
  • Revisão completa: antes de cada saída, verificar todo o sistema de combustível (mangueiras, filtros, conexões), o motor (óleo, correias, refrigeração) e o sistema elétrico.
  • Combustível (Regra de “um terço”): 1/3 para a ida; 1/3 para a volta e; 1/3 para a reserva.

Adicionalmente, é de extrema importância que o condutor utilize o aplicativo NAVSEG, ferramenta oficial da Marinha, para o registro do plano de viagem.

O sistema permite à Autoridade Marítima o acesso prévio a informações sobre a rota planejada, o número de pessoas a bordo e o tempo estimado de retorno, o que agiliza o resgate em caso de emergência, como a pane seca.

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O que fazer em caso de pane?

Caso a situação ocorra, o protocolo estabelece como prioridade a segurança da tripulação e dos passageiros a bordo. As principais recomendações são:

  • Faça com que todos a bordo coloquem os coletes salva-vidas;

  • Caso a profundidade no local permita, lance a âncora para evitar que a embarcação fique à deriva;

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  • Comunique a emergência através da sinalização com luzes e apitos. Acione a Marinha do Brasil pelo rádio VHF, no canal 16, ou pelo telefone 185, disponível 24 horas. Se estiver usando o NAVSEG, a Marinha do Brasil poderá agilizar o resgate;

  • Enquanto aguarda o resgate, economize bateria, atualize a posição da embarcação e mantenha a tripulação e os passageiros calmos.

  • O uso de galões de combustível extra é desaconselhado pela Autoridade Marítima devido aos riscos de manuseio e armazenamento. Apenas tanques portáteis homologados são admitidos em embarcações de esporte e recreio.

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