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Cotidiano

Papa aceita demissão de bispo de Limeira

Dom Vilson Dias é investigado por suspeita de acobertar casos de abuso sexual e extorsão em igrejas da região

18/05/2019 às 01:00

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Papa Francisco mudou leis da Igreja para obrigar padres a investigar casos de assédio sexual

Papa Francisco mudou leis da Igreja para obrigar padres a investigar casos de assédio sexual | /DIVULGAÇÃO IMPRENSA DO VATICANO

O papa Francisco aceitou o pedido de demissão do bispo de Limeira Dom Vilson Dias de Oliveira, informou o Vaticano na sexta-feira, em um comunicado. O bispo está sob investigação por suspeita de acobertar casos de abuso sexual e extorsão.

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Em carta de despedida, o bispo reconheceu suas "limitações", apontando que "nesses últimos meses enfrentamos todo tipo de cruzes, por meio de ataques à nossa Igreja Particular de Limeira, a mim e a vários presbíteros". "Hoje me despeço de vocês como Bispo Diocesano e peço minha renúncia por amor à Igreja de Cristo e pelo bem desta Diocese".

O Vaticano anunciou que Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, será o administrador apostólico "sede vacante" da diocese. A Santa Sé sempre informa as demissões de bispos em seus comunicados, mas sem especificar os motivos.

Em fevereiro, o Vaticano interveio em uma diocese brasileira em razão das denúncias de suposto abuso de coroinhas por um padre e desvio de dinheiro de fiéis por um bispo no interior paulista. Os crimes teriam sido registrados em Americana, Araras e Limeira.

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Um dos investigados era Vilson Oliveira, suspeito de fraude e de ser omisso em relação às denúncias de abuso cometido pelo padre Pedro Leandro Ricardo, que está suspenso de suas funções.

Diante de uma série de escândalos de abusos sexuais que mancharam a imagem da Igreja Católica, o papa Francisco organizou em fevereiro uma cúpula mundial de bispos sobre o assunto, prometendo ações concretas.

Na semana passada, ele mudou a legislação interna da Igreja para obrigar padres e religiosos a denunciar qualquer suspeita de agressão sexual ou assédio.

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O "motu proprio", uma carta emitida diretamente pelo papa, também obriga a denunciar qualquer tentativa da hierarquia católica de encobrir abusos sexuais cometidos por um padre ou religioso. (EC)

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