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Cotidiano

Pará transfere presos envolvidos em massacre

Governo do estado iniciou a transferência de 46 supostos envolvidos em matança em presídio; 10 irão para fora do Pará

Matheus Herbert

31/07/2019 às 01:00

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Os primeiros três presos embarcaram na manhã desta terça-feira rumo a Belém, capital do Pará

Os primeiros três presos embarcaram na manhã desta terça-feira rumo a Belém, capital do Pará | /BRUNO CECIM/AG.PARA

Um dia depois do massacre de presos que deixou 57 mortos em Altamira, o governo do Pará iniciou a transferência dos 46 presos supostamente envolvidos na matança.

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Os primeiros três presos embarcaram na manhã desta terça-feira rumo a Belém. O processo é lento - cada detento precisa ser acompanhado de um agente penitenciário, e a aeronave, modelo Caravan, é pequena.

Dez presos serão levados a presídios federais fora do Pará. Os demais 36 serão redistribuídos dentro do estado.

Os 57 presos morreram - sendo 16 decapitados - na manhã da última segunda-feira durante uma rebelião registrada no Centro de Recuperação Regional de Altamira, unidade prisional no sudoeste do Pará.

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A rebelião foi a maior do ano em número de mortes, superando a de maio, quando uma sequência de ataques nos presídios do Amazonas deixou ao menos 55 mortos.

Segundo o Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), a rebelião começou por volta das 7h, durante o café da manhã.

O motivo do massacre é uma disputa entre duas facções criminosas pelo controle da unidade prisional de Altamira, segundo o governo do Pará.

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O Comando Classe A (CCA) é adversário da facção carioca Comando Vermelho (CV), quem vem se expandindo no Norte por meio de alianças regionais e da perda de poder na região do Primeiro Comando da Capital (PCC), alvo do massacre do Ano Novo de 2017 nos presídios de Manaus.

Sempre de acordo com a versão oficial, membros do CCA colocaram fogo na cela de um pavilhão controlado pelo CV. A maioria das 57 mortes ocorreu por asfixia, e outros 16 internos foram decapitados.

"Foi um ato dirigido. Os presos chegaram a fazer dois agentes reféns, mas logo foram libertados, porque o objetivo era mostrar que se tratava de um acerto de contas entre as duas facções, e não um protesto ou rebelião dirigido ao sistema prisional", afirmou o superintendente do Susipe, Jarbas Vasconcelos, em nota à imprensa. (FP)

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