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Logo após a votação, o primeiro-ministro Boris Johnson propôs a antecipação das eleições legislativas para 15 de outubro | /ALASTAIR GRANT/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Os deputados britânicos adotaram nesta quarta-feira, (4), uma lei que obriga o governo a pedir um novo adiamento do Brexit, atualmente previsto para 31 de outubro, se um novo acordo não for alcançado com Bruxelas nas próximas semanas. Logo após a votação, o
primeiro-ministro Boris Johnson propôs a antecipação das eleições legislativas para 15 de outubro. "O país deve decidir se o líder da oposição ou eu quem irá a Bruxelas (tentar obter um acordo)", afirmou Johnson.
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O texto, que deve ainda ser ratificado pela Câmara dos Lordes, recebeu 327 votos a favor e 299 contra na Câmara dos Comuns, impondo um novo revés ao primeiro-ministro, que se opunha a essa prorrogação. Na primeira rodada de votação, ele havia sido aprovado por 329 votos a 300. Na Câmara dos Lordes, um grupo pró-Europa tentará impedir uma eventual manobra de bloqueio por parte dos eurocéticos.
Na terça-feira, 3, os deputados decidiram abrir o debate sobre o projeto por 328 a 301. Os parlamentares tomaram o controle do cronograma do Brexit, após Johnson ter perdido a maioria na Casa, quando um parlamentar deixou o Partido Conservador e aderiu ao Partido Liberal-Democrata, de oposição.
As rusgas com o Parlamento se agravaram quando o premiê estendeu o período de recesso parlamentar, medida que iria dar a ele autonomia no andamento da saída do Reino Unido da União Europeia.
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A oposição quer evitar a convocação das eleições, previstas para 2022. Para isso, o governo precisa do apoio de dois terços da Câmara dos Comuns e, nesta quarta, parecia longe de alcançar este número.
Em meio à confusão, os dissidentes do Partido Conservador foram imediatamente expulsos da bancada parlamentar por Johnson. Entre os expulsos, estão Nicholas Soames, neto de Winston Churchill, ídolo de Johnson, e o ex-ministro das Finanças Philip Hammond.
(EC)
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