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Cotidiano
E OUTROS DEPUTADOS. Comando nacional do partido ameaça de expulsão parlamentares favoráveis à reforma da Previdência
11/07/2019 às 01:00
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Plenário da Câmara durante o início da votação; conclusão ocorreu na noite de ontem | FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
O comando nacional do PDT ameaça expulsar do partido um grupo de deputados, entre eles Tabata Amaral (SP), que sinalizou intenção de votar a favor da reforma da
Previdência.
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O presidente nacional pedetista, Carlos Lupi, argumenta que o partido fechou questão, em convenção realizada em março, contra as mudanças no sistema previdenciário propostas pelo governo Jair Bolsonaro.
Dessa forma, ele afirma que quem descumprir a orientação partidária responderá a um processo disciplinar.
"Até uma semana atrás a Tabata tinha posição igual à do partido. De uma semana para cá, a gente ainda não sabe os motivos, ela mudou de posição, e ontem [terça-feira (9)] ela esteve aqui com outros deputados e me comunicou isso", disse à reportagem Lupi nesta quarta-feira.
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A penalidade do processo disciplinar - segundo Lupi - varia de advertência a desligamento do partido.
Questionado, o dirigente partidário não quis antecipar qual a punição que poderia ser aplicada para os parlamentares que não acatarem a decisão da convenção, mas disse tratar-se de um caso "grave".
Apesar das declarações de Lupi, Tabata Amaral já deu declarações públicas que indicam apoio à proposta, embora também tenha feito críticas a itens que constavam no texto original, como as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural.
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Nesta terça, em outra demonstração de apoio à proposta, Tabata foi um dos três congressistas do PDT que votaram contra uma manobra regimental para adiar a análise da PEC (Proposta de Emenda à Constituição).
A assessoria da deputada disse que ela não comentaria as declarações de Lupi e que tampouco adiantaria seu voto.
À reportagem Lupi afirmou ainda que se reuniu com Tabata Amaral e com outros "cinco ou seis deputados", na terça-feira, quando eles lhe comunicaram a intenção de votar a favor da reforma da
Previdência.
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Lupi disse que, no encontro com os parlamentares, não falou em nenhum momento que eles seriam expulsos, mas deixou claro que eles "teriam as sanções previstas no
estatuto".
O dirigente partidário disse que o partido considerará desrespeito à decisão da convenção o deputado que apoiar no plenário a votação sobre o mérito da reforma da Previdência, e não as deliberações de manobras regimentais - como as que ocorreram na terça-feira.
MAIS DA REFORMA.
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Deputados da bancada da segurança pública na Câmara conseguiram construir um acordo com líderes partidários e governo para que policiais federais, policiais rodoviários federais e policiais legislativos tenham regras mais brandas na reforma da Previdência.
Para quem já está na carreira, a idade mínima de aposentadoria deve ser de 53 anos, se homem, e 52 anos, se mulher, além da previsão de um "pedágio" de 100%.
Ou seja, se faltam dois anos para se aposentar, o policial teria que trabalhar mais quatro anos.
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No entanto, a idade mínima para que ainda vai entrar nessas carreiras deve permanecer em 55 anos - como desejava inicialmente o governo.
Hoje, não há idade mínima para que policiais entrem na inatividade, mas sim uma exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e 25 anos, se mulher. (FP)
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