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Cotidiano

PF cumpre mandados a ex-gerentes de banco

OPERAÇÃO. Dois ex-gerentes do Bradesco foram alvos de mandados na Operação Bancarrota, sobre a atuação de doleiros

Matheus Herbert

29/05/2019 às 01:00

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'Bancarrota' é um desdobramento da 'Câmbio, Desligo', operação que mirou mais de 50 doleiros

'Bancarrota' é um desdobramento da 'Câmbio, Desligo', operação que mirou mais de 50 doleiros | /jose lucena/Futura Press/Folhapress

Dois ex-gerentes do Bradesco foram alvos de mandados de prisão nesta terça-feira na Operação Bancarrota, em um desdobramento de investigações sobre a atuação dos maiores doleiros do País.

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Tânia Fonseca, já presa pela manhã, e Robson Silva, que estava sendo procurado, são ex-gerentes-gerais de agências do banco no Rio de Janeiro e suspeitos de auxiliar na abertura de contas para empresas fantasmas usadas pelos doleiros Vinicius Claret e Cláudio Barboza, delatores e ex-funcionários de Dario Messer, conhecido como o "doleiro dos doleiros".

Os dois auxiliavam Julio Cesar Pinto de Andrade, responsável pela criação das empresas de fachada para a dupla de doleiros. Ele também é alvo de mandado de prisão.

O Ministério Público Federal afirma ter ocorrido falha no sistema de compliance do Bradesco, pelo qual foi movimentado, entre créditos e débitos, R$ 989,6 milhões do esquema.

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"Os elementos ora reunidos não deixam dúvidas de que as instituições financeiras onde as contas foram abertas, em especial o Banco Bradesco, descumpriram os deveres de compliance, possuindo como consequência direta, além do fomento à lavagem de dinheiro acima demonstrado, a violação à livre concorrência, pois as instituições que dispendem recursos no compliance acabam restringindo seus negócios, sem contar no custo que é dedicado aos setores de conformidade", afirmaram os procuradores da Lava Jato do Rio.

Bancarrota é um desdobramento da Câmbio, Desligo, operação que mirou mais de 50 doleiros em atuação no País. A base da ação são as delações de Claret e Barboza, que operavam um complexo sistema de dólar-cabo que movimentou US$ 1,6 bilhões de 2011 a 2016. Na fase desta terça-feira, o Ministério Público Federal apura o uso de empresas fantasmas para o pagamento de boletos bancários em nome de firmas varejistas.

A dupla de doleiros usava uma complexa manobra a fim de ficar com o dinheiro vivo de comerciantes a fim de vendê-lo a empresa que necessitavam pagar propina em espécie a agentes políticos.

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"Em linhas gerais, os doleiros captavam cheques recebidos no varejo e os depositavam em contas bancárias das empresas fantasmas. Para abertura e movimentação das contas bancárias, a organização criminosa contava com a participação de gerentes de bancos que descumpriam regras de compliance a fim de permitir a criação das contas de giro", afirma a
procuradoria.

Foram usadas sete empresas de fachada para a abertura de contas no Bradesco e em outros três bancos. A quebra do sigilo bancários delas mostrou, segundo os procuradores, "que o banco Bradesco foi, de longe, o mais utilizado pelos doleiros para a prática de atos de lavagem de
capitais". (FP)

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