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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira oito mandados de busca e apreensão para apurar supostos obstáculos às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, que completa um ano em 14 de março. O órgão entrou no caso em novembro do ano passado, quando começou uma "investigação da investigação", paralela, para verificar denúncias de irregularidades no trabalho estadual. Quem está apurando a autoria e motivação do crime em si é a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio. A PF não deu mais detalhes sobre os endereços onde foram feitas as buscas nem os resultados da operação. Informou apenas que a ação constitui "fase intermediária" de investigação sigilosa e foi autorizada pela Justiça estadual após ser submetida à Promotoria fluminense. "Em razão das circunstâncias do caso e necessidade efetiva de manutenção do sigilo das investigações em curso, não haverá qualquer manifestação da equipe encarregada dos trabalhos até sua integral conclusão, quando serão informados os resultados diretamente ao Ministério Público e Poder Judiciário", afirmou. O Ministério Público do RJ confirmou o pedido dos mandados, mas também disse que eles estão sob sigilo para não atrapalhar a apuração. O Tribunal de Justiça respondeu que não tem acesso a informações sobre as medidas e que o caso corre em segredo de Justiça. Marielle e Anderson foram mortos a tiros dentro do carro, quando retornavam de uma reunião política na Lapa (centro do Rio). Desde então, autoridades declararam que o caso estava perto do fim ao menos cinco vezes, mas poucas informações concretas foram divulgadas.
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As "investigações das investigações" começaram após depoimentos colhidos pelo Ministério Público Federal indicarem um esquema voltado para impedir a elucidação do crime. A partir deles, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou a abertura do inquérito na PF. O conteúdo desses depoimentos não foi revelado, mas o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou ao anunciar a medida que o suposto esquema envolveria "agentes públicos de diversos órgãos, milícias, organização criminosa e contravenção". (FP)
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