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Pátio do Detran na zona oeste da Capital; ainda não é possível fazer o emplacamento com o modelo do Mercosul | /THIAGO NEME/GAZETA DE S. PAULO
A placa do Mercosul não será mais adotada na Capital e no estado de São Paulo em 2019. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou a Resolução 729/2018, que estabelecia a implantação no padrão Mercosul em todo o território nacional até o último dia 30 de junho, "para baratear custos e trazer mais segurança para a sociedade". O novo prazo para os estados que ainda não tinham aderido à implantação é janeiro de 2020.
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Hoje, a nova placa está presente em sete estados brasileiros (Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul). Ainda segundo o Ministério da Infraestrutura, são mais de 2 milhões de veículos circulando com o novo modelo das placas veiculares.
Em São Paulo, a partir de janeiro do próximo ano, as placas do Mercosul serão colocadas em veículos novos ou, no caso dos veículos em circulação, a mudança será feita quando houver mudança de município, ou se a placa for danificada.
Ao ser perguntado pela reportagem da Gazeta por que o estado de São Paulo não adotou até então a placa do Mercosul, o Detran.SP explicou que "realiza as adequações necessárias para implantar a placa padrão Mercosul dentro do prazo previsto pela legislação federal de trânsito: 31 de janeiro de 2020".
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Em relação ao valor do emplacamento desse modelo, o órgão informou que "as taxas dos serviços de trânsito são reajustadas anualmente. Porém, no momento, não é possível afirmar se haverá alteração por conta do novo modelo de placa".
Uma reportagem do "UOL" mostrou que no estado do Rio de Janeiro, o primeiro a adotar o novo padrão, começou a cobrar os mesmos valores das placas antigas. Depois, com a retirada de bandeira, brasão e lacre (entenda melhor na coluna ao lado), o custo ficou menor. A taxa caiu de R$ 219,35 para R$ 166,63.
Ainda conforme o Detran.SP, há atualmente quase 6,3 milhões de veículos na Capital. No Estado de São Paulo são mais de 19 milhões.
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HISTÓRICO.
A ideia de adotar o novo padrão nos países-membros do Mercosul surgiu em 2010 e foi anunciada em 2014. O objetivo era facilitar a identificação e fiscalização de veículos e contribuir para a circulação e a segurança no trânsito entre os países do bloco. A expectativa inicial era que a medida passasse a valer em 1º de janeiro de 2016.
Após alguns adiamentos, o Diário Oficial da União publicou em 11 de março de 2018 uma resolução do Contran que regulamentava a produção das placas de identificação dos veículos brasileiros no padrão dos países do Mercosul, segundo informações da "Agência Brasil".
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As novas placas deveriam ser implementadas em território nacional até 1º de dezembro de 2018 em veículos a serem registrados, que estejam em processo de transferência de município ou propriedade ou quando houver a necessidade de substituição das placas. O primeiro estado a adotar foi o Rio de Janeiro, em setembro do ano passado. Os prazos para todo o Brasil foram sendo prorrogados, até a data de janeiro de 2020.
O então candidato e hoje presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse durante a campanha presidencial ser contra a medida. "Vamos revogar isso em 2019", escreveu, pelo Twitter, em maio do ano passado.
Em 15 de março deste ano, já como presidente, Bolsonaro voltou a dizer que pretende retirar as placas do Mercosul de circulação no País. "Vamos ver se a gente consegue anular a placa do Mercosul. É um constrangimento, uma despesa a mais", afirmou o presidente, durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais.
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(Bruno Hoffmann)
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