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Carnaval de Rua de Pinheiros pode ter blocos transferidos | Divulgação/PMSP
O Carnaval de Rua de Pinheiros, um dos mais tradicionais de São Paulo, pode ter seus blocos transferidos das ruas do bairro para a Marginal Pinheiros já em 2026.
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A mudança foi sugerida em um documento oficial do 23º Batalhão da Polícia Militar, enviado à Prefeitura, e gera debate entre autoridades, moradores e organizadores da festa.
Segundo o tenente-coronel Marcelo Vinicius Costa Rezende, a alteração buscaria centralizar os desfiles da avenida Brigadeiro Faria Lima, da rua Henrique Schaumann e da região conhecida como “Baixo Pinheiros” em um único circuito na pista local da Marginal, entre a rua Ofélia e a avenida dos Semaneiros.
De acordo com ele, a medida traria “benefícios inquestionáveis para a segurança pública, mobilidade urbana e eficiência operacional”, além de reduzir os custos com efetivo policial e facilitar a coordenação da festa.
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O trajeto planejado teria cerca de 2,5 km, incluindo 1 km para o desfile dos blocos.
A proposta recebeu apoio de associações de moradores e Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) da região, que afirmam que os desfiles nas ruas de Pinheiros causam transtornos aos moradores e comerciantes.
Entre os locais que poderiam ser proibidos de receber blocos estão a rua dos Pinheiros, Vupabussu e Ferreira de Araújo.
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Para esses grupos, a mudança ajudaria a organizar a circulação nas vias e evitaria impactos negativos na rotina local.
Apesar disso, a SPTuris, responsável pela organização do Carnaval de Rua em 2026, desmentiu a possibilidade de alteração dos trajetos.
Em nota, a empresa afirmou que “nenhum dos trajetos será transferido para a Marginal Pinheiros” e que a proposta da PM não foi discutida pela comissão organizadora.
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O presidente da SPTuris, Gustavo Pires, classificou como “boato” a ideia de deslocar os blocos e reforçou que os trajetos consolidados serão mantidos no próximo carnaval.
Entre os blocos, a reação foi de indignação. José Cury, do bloco Me Lembra que Eu Vou, criticou a ideia de levar foliões para a Marginal: “É colocar pessoas ao lado de carros e caminhões passando a 90 km/h, separados apenas por uma grade. Absurdo e perigoso”.
Alessa, do bloco RitaLeena, também considerou a proposta autoritária, comparando-a ao antigo projeto do “blocódromo”, que limitava a liberdade do carnaval de rua.
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Thais Haliski, do Acadêmicos do Cerca Frango, afirmou que a proposta é “inviável” e que colocar foliões em uma via expressa contradiz qualquer preocupação real com segurança.
Os blocos ressaltam que, nos últimos anos, a PM já tentou restringir horários e trajetos, prejudicando o turismo e a experiência dos foliões.
O debate sobre o futuro do Carnaval de Rua de Pinheiros 2026 evidencia o conflito entre segurança, mobilidade e preservação da cultura popular.
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Para os blocos e produtores, a festa é uma manifestação democrática e essencial para a vida cultural da cidade, que movimenta mais de R$ 3 bilhões anualmente.
A decisão final sobre a mudança de trajetos ainda depende do posicionamento da Prefeitura e mantém moradores, associações e foliões em alerta.
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