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Cotidiano

Polícia investiga novo caso de tortura em supermercado

21/09/2019 às 01:00

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A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para investigar um novo caso de tortura em um supermercado na capital paulista. Desta vez, um homem, suspeito de roubar carnes, é amarrado, amordaçado com um fio de nylon, tem a calça abaixada quase na altura do joelho e leva choques. A vítima está em cárcere privado no que parece ser as dependências de uma unidade do supermercado Extra, no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo.

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Seus torturadores são seguranças de uma empresa terceirizada responsável por fazer apenas a proteção de clientes. O caso de tortura é o segundo a vir à tona em redes de supermercados de São Paulo neste mês. A primeira vítima, um adolescente de 17 anos, também foi amarrado, amordaçado, despido e chicoteado após tentar furtar barras de chocolate do supermercado Ricoy, em Vila Joaniza, na periferia da zona sul da Capital. David de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo estão presos preventivamente e vão responder na Justiça pelos crimes de tortura, cárcere privado e divulgação de imagens de nudez.

No novo caso de tortura registrado na loja do Extra, as imagens que circulam pelas redes sociais mostram a vítima sendo obrigada a repetir frases enquanto é espancada. "Galera, não rouba mais no Extra Morumbi" e "Eu errei e me ferrei" são algumas delas.

"Dá a mão", ordena o agressor. Com as palmas das mãos estendidas na direção do agressor, o homem recebe choques. E treme de dor.

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Em outro momento do vídeo, a vítima aparece com uma corda amarrada no pescoço e é agredida com o que parece ser um cabo de vassoura. No cômodo onde a sessão de tortura é filmada aparecem o agressor e mais duas pessoas. Não se sabe como as agressões terminam e nem a identificação da vítima. O caso teria ocorrido em março de 2018, mas as imagens só foram divulgadas agora.

A empresa de segurança Comando G8, que fazia os trabalhos de guarda patrimonial no Extra Morumbi, teve o seu contrato rescindido com a rede supermercadista após a divulgação do crime. Por meio de nota, a empresa informou que identificou e afastou das funções o funcionário suspeito de torturar a vítima. (FP)

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