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Segundo o estudo, quanto maior for a exposição a certos tipos de poluentes, maior o risco de desenvolver demência | Lalo de Almeida/Folhapress
O novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge e publicado nesta segunda-feira (28/7) concluiu que a poluição do ar pode estar diretamente ligada ao aumento do risco de demência em adultos, incluindo a doença de Alzheimer.
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A pesquisa, publicada na revista científica The Lancet Planetary Health, reuniu dados de 51 estudos anteriores, envolvendo mais de 29 milhões de pessoas em quatro continentes.
Segundo o estudo, quanto maior for a exposição a certos tipos de poluentes, maior o risco de desenvolver demência, principalmente os tipos causados por processos inflamatórios no cérebro.
Dos poluentes testados, três se destacaram pela forte associação com a doença:
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Para os autores do estudo, a poluição do ar deve ser tratada como algo que pode ser prevenido com mudanças políticas e sociais.
“Prevenir a demência não é responsabilidade exclusiva da saúde pública. Urbanismo, transporte e regulação ambiental também precisam estar envolvidos”, diz Christiaan Bredell, primeiro autor do estudo e pesquisador da Universidade de Cambridge.
A coautora Clare Rogowski reforça que políticas mais rigorosas de controle de poluentes são urgentes. “Limites mais restritivos sobre setores como o transporte e a indústria podem ajudar a reduzir o impacto da demência na sociedade.”
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O estudo também observou que, além do Alzheimer, a demência vascular (causada por redução do fluxo sanguíneo no cérebro) pode ter uma ligação ainda mais forte com os poluentes.
A demência afeta mais de 57 milhões de pessoas no mundo. A expectativa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que esse número quase triplique até 2050.
Os autores do estudo ressaltam que a maioria dos dados analisados veio de países desenvolvidos, com populações majoritariamente brancas. No entanto, populações negras e comunidades periféricas tendem a viver em regiões com maior exposição à poluição.
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“Precisamos de mais pesquisas que incluam esses grupos, especialmente em países de baixa e média renda, onde os riscos podem ser ainda maiores”, alertou a professora Haneen Khreis, coordenadora do estudo.
* Texto sob supervisão de Matheus Herbert
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