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Cotidiano
caso moro. Presidente fala sobre o vazamento da mensagens na Lava Jato
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Caberá ao povo dizer quem está certo, disse Jair Bolsonaro | /Carolina Antunes/PR
Após a divulgação de novos trechos de trocas de mensagens entre o ministro Sergio Moro (Justiça) e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira que caberá "ao povo" dizer quem está certo.
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Ao participar de evento de aniversário da guarda presidencial, em Brasília, Bolsonaro disse que pretende ir à final da Copa América, no domingo (7), ao lado de Moro.
"Pretendo domingo não só assistir à final do Brasil com o Peru. Bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não", afirmou.
O Brasil jogará contra o Peru na final da Copa América no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, neste fim de semana. O presidente disse ter convidado o ministro da Justiça para acompanhá-lo.
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Novas mensagens obtidas pelo site "The Intercept Brasil" e divulgadas na sexta-feira pela revista "Veja" mostram que Moro chamou a atenção de procuradores da Lava Jato para a inclusão de uma prova considerada importante por ele na denúncia de um réu da operação.
Em troca de mensagens pelo Telegram, em 28 de abril de 2016, segundo a revista, os procuradores conversaram sobre um alerta de Moro
à força-tarefa.
Deltan diz à procuradora Laura Tessler que o então juiz o havia chamado a atenção sobre a ausência de uma informação na denúncia contra o lobista Zwi Skornicki, réu da operação e representante da Keppel Fels, estaleiro com contratos suspeitos com a
Petrobras.
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"Laura no caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do [Eduardo] Musa [da Petrobras] e se for por lapso que não foi incluído ele disse que vai receber amanhã e da tempo. Só é bom avisar ele", diz.
"Ih, vou ver", responde a procuradora, segundo a
revista.
No dia seguinte a esse diálogo, de acordo com "Veja", a Procuradoria em Curitiba incluiu um comprovante de depósito de US$ 80 mil feito por Skornicki a Musa, o então juiz Moro aceitou a denúncia e, na decisão, mencionou o documento que havia pedido.
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Segundo a legislação, é papel do juiz se manter imparcial diante da acusação e da defesa. Juízes que estão de alguma forma comprometidos com uma das partes devem se considerar suspeitos e, portanto, impedidos de julgar a ação. Quando isso acontece, o caso é enviado para outro magistrado. O artigo 254 do Código de Processo Penal (CPP) afirma que "o juiz dar- se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes" se "tiver aconselhado qualquer das partes".
Segundo o artigo 564, sentenças proferidas por juízes suspeitos podem ser
anuladas.
Já o Código de Ética da Magistratura afirma em seu artigo 8º que "o magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito".
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Também diz, no artigo seguinte, que "ao magistrado, no desempenho de sua atividade, cumpre dispensar às partes igualdade de
tratamento".
Mercosul e UE.
Ao fim de um evento em comemoração ao aniversário do Batalhão de Guarda Presidencial, Bolsonaro admitiu a participação do ex-presidente Michel Temer na conclusão das negociações. "Como falo publicamente também, a questão do Mercosul: devemos em parte ao Michel Temer. Eu não vou tirar o Michel Temer de fora. Uma negociação que se arrastava há 20 anos. O Michel Temer começou realmente a tratar desse assunto com seriedade e depois nós impulsionamos tendo em vista os ministros que nós convidamos para levar adiante essa proposta", disse. (FP)
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