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Cotidiano
SEGURANÇA. Duas empresas assinaram acordo com a prefeitura para que não haja mais bonificações por número de entregas
19/07/2019 às 01:00
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Bruno Covas mostra termo de cooperação entre a cidade e as empresas de entrega por aplicativo | ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOLHAPRESS
A Prefeitura de São Paulo fechou nesta quinta-feira um termo de cooperação com duas empresas de entrega "delivery" por aplicativo, com foco em medidas de segurança voltadas para os motociclistas.
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As reuniões com a Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT) aconteceram com as principais empresas do segmento, mas somente iFood e Loggi aceitaram assinar o termo de compromisso com a segurança no trânsito. A Rappi e a Uber Eats não aderiram ao acordo com a gestão
municipal.
"A prefeitura vem discutindo, desde o início do ano, uma forma de as empresas que trabalham com aplicativo continuarem crescendo, mas respeitando a vida, pois tivemos aumento no número de mortes de usuários de motos em São Paulo", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Em 2018, o número de mortes envolvendo motociclistas aumentou 18% (360 no total). Técnicos da prefeitura avaliaram que a alta está ligada ao crescimento dos aplicativos de entrega por motoboys, que dão prêmios em dinheiro para quem faz mais viagens.
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Segundo a prefeitura, a ação tem objetivo de melhorar a segurança e reduzir o número de acidentes no trânsito envolvendo motociclistas. As duas empresas assinaram acordo com a prefeitura para que não haja mais bonificação por
número de entregas.
"Elas concordaram em assinar acordo com a prefeitura para que não haja mais bonificação por número de entregas, pois estimula o desrespeito às leis de trânsito. Vamos promover campanhas com a CET para orientar melhor os entregadores", disse Covas.
Com o termo, as empresas assumiram o compromisso de não realizarem práticas que destinem aos motociclistas valores extras, estabelecidos por meta de entregas a um determinado período de tempo. Os aplicativos de entrega estudam formas de bonificar os motociclistas que mantenham boas práticas de conduta no trânsito.
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Em nota, a Rappi informou que não aderiu ao documento proposto pela Prefeitura de São Paulo por não concordar com o formato proposto. A empresa disse que continua aberta a discutir iniciativas que aprimorem os modelos de atuação visando aumentar a
segurança viária.
Por meio de nota, a Uber Eats informou que o modelo adotado pela empresa é similar ao da tarifa dinâmica do aplicativo de viagens: os entregadores parceiros recebem valores mais elevados ao efetuarem entregas em regiões com demanda mais elevada. É um mecanismo criado pelo algoritmo para equilibrar oferta e demanda, a fim de garantir que sempre haverá um entregador parceiro onde há um pedido.
Segundo a empresa, a segurança é prioridade e por isso a Uber "segue investindo constantemente em novas tecnologias em benefício de seus usuários, motoristas e entregadores parceiros". (EC)
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