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Cotidiano

Premiê espanhol nomeia catalães para presidência do Senado e do Congresso

18/05/2019 às 01:00

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O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, indicou nesta sexta-feira dois parlamentares catalães como presidentes da Congresso e do Senado.

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Os nomeados são a atual ministra de Política Territorial e Função Pública, Meritxell Batet, escolhida para presidir o Congresso, e o filósofo Manuel Cruz, indicado para o Senado. Os políticos defendem a permanência da Catalunha na Espanha, mas mantêm um diálogo aberto com os campo pró-independência da região. Ambos assumem no dia 21.

Em poucas ocasiões os políticos catalães ocuparam tais cargos: no Congresso isso não acontecia desde 1928 e no Senado, desde 1873.

A crise desencadeada quando a Catalunha declarou independência em 2017 foi tema central das eleições para o parlamento espanhol, ocorridas no mês passado. Para tomar posse novamente como primeiro-ministro, Pedro Sánchez precisa formar governo com no mínimo 176 parlamentares. A indicação dos políticos pode ajudar o premiê a atrair votos e permanecer no cargo.

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A porta-voz interina do governo, Isabel Celaá, disse que a indicação dos políticos demonstra "comprometimento com o diálogo, com a coexistência e com a coesão entre todos os espanhóis".

O porta-voz do partido ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), Sergi Cabrera, criticou a medida. "Não achamos que colocar catalães nessas posições conserte as coisas. É uma operação cosmética".

A decisão ocorre apenas um dia depois que o Parlamento da Catalunha vetou a indicação de Miquel Iceta, dirigente do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) na região, para a presidência do Senado.

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Como não foi candidato nas eleições legislativas, Iceta dependia da aprovação do parlamento regional para assumir o cargo. Mas os líderes separatistas bloquearam a nomeação, lamentando não terem sido previamente informados sobre os planos de Sánchez e recriminando a falta de sensibilidade de Iceta com os líderes catalães presos. Ao contrário de Iceta, Batet e Cruz já são legisladores eleitos e não precisam de apoio do parlamento catalão.

Para analistas ouvidos pela AFP, a indicação dos dois políticos pelo premiê é uma tentativa de restabelecer a convivência com a região dentro da legalidade.

O socialismo deve acertar agora uma coalizão com o Podemos. A coligação liderada pelo partido de esquerda radical sofreu um baque, passando dos atuais 67 deputados para 42, e se enfraqueceu na disputa pela primazia no campo progressista. (FP)

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