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O policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz foram presos nesta terça-feira | / Reprodução/ TV Globo
Em denúncia entregue à Justiça, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz (expulso da corporação) demonstraram 'abjeto e repugnante desprezo pela vida'. Os dois foram presos nesta terça-feira, pelos homicídios qualificados da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, uma das assessoras da ex-vereadora que também estava no carro emboscado no Rio em 14 de março do ano
passado.
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"Os crimes contra as vítimas Fernanda e Anderson foram praticados para assegurar a impunidade do crime perpetrado contra Marielle, demonstrando, assim, abjeto e repugnante desprezo pela vida humana, em atividade típica de 'queima de arquivo'", afirma a denúncia.
"O crime contra a vítima Marielle foi praticado por motivo torpe, interligado à abjeta repulsa e reação à atuação política da mesma na defesa de suas causas."
Na acusação formal, o Ministério Público afirma que o 'crime de homicídio cometido contra a vítima Fernanda Gonçalves Chaves não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos denunciados, quais sejam, ter sido escudada pelo corpo da vítima Marielle, que estava ao seu lado, bem como ter se abaixado, saindo da linha de tiro do executor, não sendo, por isso, alvejada'.
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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos por volta das 4h desta madrugada na Operação Lume. Os policiais estavam em suas casas. Os advogados dos suspeitos negaram o envolvimento de seus clientes no caso.
A Promotoria afirma que Ronnie Lessa efetuou os disparos de arma de fogo. Elcio Queiroz, segundo a investigação, conduziu o carro Cobalt usado na execução.
"O denunciado Ronnie Lessa foi o autor direto dos disparos e responsável pelo planejamento da empreitada criminosa, tendo organizado prévia e meticulosamente suas etapas e a forma de agir", afirma o Ministério Público do Rio.
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"O denunciado Elcio, amigo e compadre de Ronnie Lessa, concorreu dolosa e eficazmente para o crime, na medida em que foi o condutor do veículo Cobalt, placa clonada KPA 5923, utilizado na empreitada criminosa, sendo certo que o auxiliou moral e materialmente visando ao sucesso do crime, aderindo a todas as circunstâncias."
Para os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/RJ), 'a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado'.
"Os crimes foram cometidos mediante outro recurso que dificultou a defesa das vítimas, tendo sido Marielle atingida por 4 disparos de arma de fogo na região da cabeça e Anderson, por 3 disparos de arma de fogo nas costas, em ato típico de execução sumária, pelo que não puderam oferecer qualquer resistência", registra a denúncia.
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Além das prisões, a operação Lume fez busca e apreensão nos endereços de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos. (EC)
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