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Prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi realizada pela Polícia Federal (PF) | Fernando Frazão/Agência Brasil
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (22/11) em Brasília, provocou reação no meio político e ampla repercussão internacional.
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Bolsonaro foi detido em casa, no Jardim Botânico, após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF cumpriu o mandado por volta das 6h e levou o ex-presidente para a superintendência da corporação, onde ele permanecerá em sala de Estado.
Aliados de Bolsonaro passaram a manhã criticando a decisão do STF e classificando a prisão como “perseguição” e “abuso de poder”.
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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse nas redes sociais que o ex-presidente “sempre será inocente”. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que a medida “não tem fim” e representa “arbítrio”.
O líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), chamou a prisão de “ataque direto à democracia”, enquanto parlamentares como Caroline de Toni (PL-SC), Rogério Marinho (PL-RN) e Carlos Jordy (PL-RJ) reforçaram a narrativa de injustiça e motivação política.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também compartilhou um versículo bíblico nas redes sociais pouco depois da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22/11). “Eu confio no Senhor”, escreveu em seu perfil no Instagram.
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Do outro lado, parlamentares e lideranças da esquerda comemoraram a decisão. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) declarou que “a lei vale para todos”, e Manuela D’Ávila celebrou o que chamou de “marco para a democracia”.
Para a vereadora Mônica Benício (PSOL-RJ), a prisão representa um “capítulo inédito de responsabilização por ataques ao Estado de Direito”.
A prisão também ganhou destaque na imprensa estrangeira.
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Associated Press classificou como incomum a emissão de um mandado de prisão em pleno sábado, destacando que a medida só ocorre quando há risco à segurança.
The Guardian ressaltou que a detenção veio após dias de especulação no País e lembrou que Bolsonaro poderia ser levado à penitenciária da Papuda.
Reuters enfatizou que o ex-presidente já havia sido condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe, embora a prisão deste sábado seja preventiva.
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O Washington Post sublinhou que a detenção ocorre “dias antes do início do cumprimento da pena”.
Clarín, da Argentina, lembrou que a defesa de Bolsonaro havia solicitado ao STF que a sentença fosse cumprida em casa por razões de saúde.
Al Jazeera destacou que Bolsonaro já estava em prisão domiciliar e classificou a prisão como parte do cerco judicial contra o ex-presidente.
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A decisão ocorreu após a divulgação de um vídeo do senador Flávio Bolsonaro convocando apoiadores para uma “reação” em frente à residência do ex-presidente, o que a PF interpretou como risco à ordem pública. Moraes também citou possível tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
A prisão não está ligada à execução da pena de 27 anos e 3 meses imposta pelo STF em setembro, mas sim a medidas cautelares associadas ao processo sobre a tentativa de golpe em 2022.
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