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Cotidiano

Projeto quer proibir novos zoológicos

Matheus Herbert

04/09/2019 às 01:00

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"Zoológicos e aquários não funcionam como locais de preservação da espécie animal, mas para entretenimento humano." A afirmação é do vereador Xexéu Trípoli (PV), autor do PL (Projeto de Lei) 30/2019 que proíbe a construção de novos zoológicos e aquários na cidade de São Paulo. Para apoiar a iniciativa, a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Ampara Animal lançou um
abaixo-assinado na plataforma change.org. A campanha - criada há dois meses- já tem quase 143.000 assinaturas e o objetivo é chegar a 150.000. Além de melhorar as condições dos animais nestes equipamentos, Trípoli disse que outro motivo o fez elaborar o projeto.

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Os envelopes da concessão do Ibirapuera e de cinco outros parques municipais foram abertos em março deste ano, pelo prefeito Bruno Covas. A vencedora foi a Construcap, empreiteira arrolada na Lava Jato, com a proposta de R$ 70,5 milhões. Além do Ibirapuera, ela deverá administrar outros cinco parques pelo período de 35 anos.

Novos modelos com educação ambiental Trípoli explica que a ideia não é fechar o zoo ou o aquário, mas implantar outro modelo de gestão, que respeite os animais. Além da proibição de novos zoológicos e aquários, o projeto dispõe de regras de funcionamento para os locais já existentes, como o não recebimento de animais capturados na natureza, por exemplo. O projeto também determina o fim da exposição dos animais para diminuir o sofrimento e, se possível, restituí-los à natureza. Outro ponto levado em consideração no texto diz respeito às visitas em grupos. Estas deverão ser monitoradas com profissional selecionado pelo zoológico ou aquário, para minimizar o estresse dos animais e promover a difusão de educação ambiental. Os estabelecimentos deverão colocar avisos para alertar os frequentadores sobre a capacidade dos animais para sentir e vivenciar emoções e, portanto, que não devem ser expostos a barulhos excessivos e agressões. A iniciativa, que já tem a aprovação da CCJ da Câmara Municipal, ainda deverá passar pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, Comissão de Administração Pública, de Atividade Econômica e pela Comissão de Finanças e Orçamento antes de seguir para a votação. (FP)

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