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A proposta do Flamengo para as vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, rejeitada na terça-feira pelo Ministério Público, previa o pagamento de até R$ 400 mil reais para cada família dos jogadores mortos na tragédia ocorrida no fim do mês passado. As autoridades, em contrapartida, exigiam um pagamento inicial de R$ 2 milhões para costurar um acordo.
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Os dados foram revelados nesta quarta-feira, durante uma reunião entre familiares de oito vítimas e Defensoria Pública, que aconteceu no Rio de Janeiro.
Na proposta de indenização rejeitada, o Flamengo oferecera, além dos R$ 400 mil de entrada por vítima, o pagamento de um salário-mínimo por mês durante 10 anos para cada família. A exigência do MP unia os R$ 2 milhões iniciais e R$ 10 mil por mês para até quando cada garoto morto no incêndio completasse 45 anos. O próprio Ministério Público admite, em uma nova negociação, rever o período para 35 anos.
Em valores totais, o pedido do MP dá aproximadamente R$ 56 milhões. Enquanto isso, o do Flamengo totalizaria R$ 5,2 milhões.
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Agora, o clube vai negociar individualmente com as famílias. A defensoria pode continuar a acompanhar e orientar as famílias, mas algumas já têm advogados.
"O ideal é que se busque uma solução rápida e consensual. É melhor que um processo longo na Justiça", disse a defensora pública
Pamela Iamego.
O clube planejou entrar rapidamente em acordo com o Ministério Público para iniciar o pagamento às famílias. A falta de acordo faz MP, Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública discutirem na Justiça a reparação os mortos no incêndio no Ninho do Urubu.
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Em nota publicada depois de o Flamengo rejeitar a contraproposta feita pelo MP, os organismos públicos disseram que o clube "recusou-se a celebrar um acordo de reparação às vítimas".
"Os valores apresentados pelo clube estão aquém da daquilo que as instituições entendem como minimamente razoável diante da enorme perda das famílias e demais envolvidos", completa a nota.
Posteriormente, o Flamengo também emitiu uma nota para dar a sua posição sobre o acordo com as vítimas e reiterou o objetivo de ter uma composição amistosa com as autoridades para chegar a um valor comum de indenização.
(FP)
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