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Professores protestam na tarde desta terça-feira (22/4) em São Paulo | Jhemilly Arão B/Arquivo pessoal
Professores e servidores da rede municipal de ensino de São Paulo protestam na tarde desta terça-feira (22/4) em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista.
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Devido ao protesto, o trânsito na região foi afetado, e as linhas de ônibus municipais tiveram de ser desviadas.
O protesto está concentrado em frente à sede da administração pública e as vias foram bloqueadas nos dois sentidos.
Além dos carros, pelo menos 13 linhas de ônibus foram impactadas com desvios pelas vias próximas até o fim do protesto.
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Veja a seguir os itinerários:
A reportagem da Gazeta procurou a Prefeitura de São Paulo para comentar o protesto.
Em nota, a comunicação disse que "a administração propôs ao Legislativo Municipal um aumento de 5,2% nos salários de todos os servidores municipais, mantendo, assim, as ações de valorização do funcionalismo e rompendo com um longo ciclo de reajuste de 0,01%. Em relação aos professores da rede municipal, a administração informa que promoveu aumento de 45% na remuneração inicial nos últimos quatro anos". A nota pode ser acessada na íntegra no fim desta reportagem.
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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora a manifestação. A projeção é que os professores se desloquem para a Avenida Paulista.
No começo deste mês, a reportagem da Gazeta divulgou que o Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) convocou cerca de 60 mil professores e educadores para uma manifestação. O ato foi realizado no dia 15 de abril.
A categoria reivindica um reajuste de cerca de 12,90% e se opõe à proposta do projeto de lei protocolado na Câmara dos Vereadores, pelo Prefeito Ricardo Nunes (MDB), que prevê reajuste geral de salários e do vale-alimentação em duas etapas.
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Confira quais são as reivindicações dos educadores:
O Sindicato representa servidores da educação e também reivindica melhores condições de trabalho e respeito à saúde dos funcionários.
"O Tribunal de Justiça concedeu liminar à Prefeitura de São Paulo no caso da paralisação da categoria de Educação para garantia do funcionamento de todas as unidades de ensino com, no mínimo, 70% dos profissionais. A decisão evita prejuízos acadêmico, social e alimentar a mais de 1 milhão de alunos da rede municipal. Segue, em anexo, documento com sentença na íntegra.
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A administração municipal propôs ao Legislativo Municipal um aumento de 5,2% nos salários de todos os servidores municipais, mantendo, assim, as ações de valorização do funcionalismo e rompendo com um longo ciclo de reajuste de 0,01%. Em relação aos professores da rede municipal, a administração informa que promoveu aumento de 45% na remuneração inicial nos últimos quatro anos. Atualmente, um professor em início de carreira, com jornada de 40 horas, recebe R$ 5.533,09 — valor 13,6% superior ao piso nacional da categoria. Mais da metade dos 70 mil professores da rede municipal já recebe, pelo menos, R$ 7.856,00 por mês — valor cinco vezes maior que o salário mínimo nacional e 134% acima da renda média dos brasileiros (IBGE).
Hoje (22), 7,1% das unidades educacionais informaram que não tiveram atendimento no período da manhã. Os estudantes que perderam aulas por conta das paralisações terão o conteúdo reposto. A Prefeitura reitera seu compromisso com os educadores, mas ressalta que outros interesses não devem se sobrepor ao direito à educação das crianças. Interromper as atividades contraria os esforços de toda a sociedade para fortalecer a Educação. Em caso de escola com dificuldade no atendimento, os responsáveis pelos estudantes podem se manifestar pelo portal 156 ou Ouvidoria ([email protected]) da Prefeitura".
"A APROFEM – Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo – informa que, após manifestação e assembleia que aconteceu nesta terça-feira, 22/04, às 11h, em frente à Prefeitura de São Paulo, no Centro, foi aprovada a continuação da greve, de forma unânime, por tempo indeterminado. Uma nova manifestação foi aprovada para acontecer amanhã, quarta-feira, 23 de abril, às 14h, em frente à Câmara Municipal.
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O ato de hoje reuniu cerca de 10 mil pessoas e foi convocado pelo Fórum das Entidades, coordenado pela APROFEM, em resposta ao Projeto de Lei nº 416/2025 que foi enviado à Câmara pelo Prefeito Ricardo Nunes no último dia 09/04, sem nenhuma negociação com as entidades.
No documento, que supostamente dispõe sobre a revisão geral anual e a adoção de medidas destinadas à valorização dos Servidores Públicos Municipais, está declarada a intenção de conceder reajuste geral anual em duas parcelas, sendo a primeira de 2,60%, a partir de 1º de maio de 2025, e a segunda de 2,55%, a partir de 1º de maio de 2026 (ambas para servidores ativos e aposentados com paridade), além de um percentual de 6,27% aplicado exclusivamente sobre os pisos salariais da carreira do magistério (sem previsão de incorporação nas demais referências das tabelas do QPE).
A falta de incorporação já atinge 44% (acumulado de diversos anos do piso salarial), distorcendo as tabelas de remuneração. Estes números não atendem ao pleito feito pelos Servidores, o que levou à deflagração da greve em 16/04 e à convocação de nova manifestação para hoje, 22/04.
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Recapitulando as reivindicações feitas anteriormente, quando se trata do reajuste salarial, o pleito foi de um reajuste linear de 12,90%. Além disso, foi solicitado o fim do confisco de 14% das aposentadorias e pensões, a defesa das carreiras da Educação, elevação dos pisos dos Profissionais de Educação com a devida incorporação imediata nas tabelas do QPE, melhores condições de trabalho e respeito à saúde do funcionalismo. Os professores Ismael Nery Palhares Junior e Margarida Prado Genofre, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da APROFEM, afirmam que com esse PL o Prefeito propõe um reajuste que não cobre nem a inflação.
Os índices apresentados não repõem as perdas inflacionárias dos últimos anos, desconsideram o aumento do custo de vida e desvalorizam ainda mais o trabalho de quem sustenta os Serviços Públicos".
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