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Cotidiano

PSDB não pode ser oposição, afirma Doria

diálogo. Mesmo com a radicalização recente de Bolsonaro, o PSDB não deve ser oposição ao Planalto, segundo João Doria

Matheus Herbert

09/08/2019 às 01:00

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"O Brasil precisa de união porque é preciso finalizar a reforma', disse o governador de São Paulo

"O Brasil precisa de união porque é preciso finalizar a reforma', disse o governador de São Paulo | /Rovena Rosa/Agência Brasil

Mesmo com a radicalização recente de Jair Bolsonaro (PSL), o PSDB não deve ser oposição ao Planalto. O presidente, contudo, precisa entender que é preciso retomar o diálogo.

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Essa é a opinião do governador João Doria (PSDB-SP), principal nome a emergir como adversário de Bolsonaro em 2022. Ele recebeu a "Folha de S.Paulo" em um hotel de Xangai, onde hoje abrirá o primeiro escritório comercial paulista no exterior.

"Melhor opção para o Brasil não é a dos extremos. Exercer o poder executivo, mas fazer isso retomando o diálogo. Espero que isso possa ser retomado pelo presidente, compreendendo que ele ainda tem três anos e meio de governo pela frente", disse o tucano. Doria mediu muito as palavras. Preferiu "não fazer essa análise" ao ser questionado se Bolsonaro teria esticado a corda nas últimas semanas, quando acumulou episódios de confrontação pública.

Mas não fez reparos à lista apresentada pela reportagem, que incluía o embate que derrubou o diretor do Inpe, a escolha do filho Eduardo para ser embaixador em Washington, a falsa acusação de que o pai do presidente da OAB foi morto por companheiros de luta armada na ditadura e críticas aos governador do Nordeste, entre outros. O tucano crê que a aprovação da reforma da Previdência abre um novo capítulo na narrativa política do país. "O Brasil precisa de união porque é preciso finalizar a reforma. Ela precisa ir ao Senado, reincluir estados e municípios e voltar para a Câmara." Ele também acha que é possível, embora difícil, aprovar a reforma tributária neste semestre. "Seria uma grande conquista para o país ter duas reformas tão importantes votadas no primeiro ano do governo Bolsonaro", disse.

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O cronograma embute um cálculo político não dito, afinal de contas é pior para quem for enfrentar o presidente em 2022 que o país eventualmente só venha a reagir positivamente na economia mais para perto do pleito -o que favorece o governante de plantão.

O tucano tem feito um jogo de diferenciação de Bolsonaro que é complexo, dado que elegeu-se em segundo turno no ano passado numa onda que tinha até nome: BolsoDoria.

Questionado sobre essa similaridade dos eleitorados seu e do presidente, buscou estabelecer uma linha quase comportamental. "Bom diálogo é melhor que ataques, distanciamentos e medidas mais radicais. O PSDB não vai se afastar do país, nem vai se alinhar. Mas não vai fazer oposição", disse. O movimento é contrário ao que desejam setores do partido na Câmara dos Deputados, que acreditam ser necessário estabelecer já uma oposição aberta ao Planalto com vistas à eleição municipal do ano que vem.

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Lembrado que o governo federal pode atrapalhar bastante os estados, Doria disse: "Defendo independência, apoiando as iniciativas positivas. Para isso, você não precisa ser oposição, precisa ter consciência de
governabilidade. (FP)

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