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Preta Gil morreu neste domingo, aos 50 anos | Reprodução/Instagram
A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20/7), aos 50 anos. Ela estava em tratamento contra um câncer nos Estados Unidos.
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Uma série de amigos e admiradores lamentaram a perda da artista, que durante a vida se destacou pelos posicionamentos corajosos e por enfrentar preconceitos, principalmente de natureza gordofóbica e contra LGBTQIA+. Ela era bissexual.
Preta também sofreu perseguições de programas de humor, principalmente do extinto “Pânico na TV”, devido ao seu corpo. Leia, abaixo, frases marcantes de Preta sobre temas sensíveis.
“Vi o meu corpo sendo atacado logo no início da minha carreira. E foi a partir daí que eu entendi que o meu corpo é político, que ele fala sobre a opressão que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo”, disse, em entrevista à Marie Claire.
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“Eu recebia críticas, mas eu recebia mensagens de mulheres que se viam em mim, agradeciam. Ao me defender, eu defendia a existência do meu corpo e a existência do corpo de outras mulheres”, afirmou, na mesma entrevista.
“Sempre fui vidraça. Racismo, homofobia, todos esses preconceitos cansam, ferem. Mas, quando a vida está no limiar, é outro rolê. E não se trata de mim, que tenho uma vida de privilégios. Tem gente na fila do SUS esperando um exame de colonoscopia há um ano. E então morre”, afirmou, também à Marie Claire, sobre o tratamento do câncer.
“Não é fácil passar pelo que passei e continuar sorrindo, sendo positiva. Fui salva pela minha fé e pelo amor dos meus amigos e da minha família”, à revista Ela, sobre o tratamento contra o câncer.
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“Eu não precisei de coragem pra ser quem eu sou, eu precisei me amar”, pelo Instagram, em 2018.
“A morte é um assunto muito tabu, principalmente no Ocidente. Ninguém fala da morte. Mas eu tenho um pai que fala de uma forma natural sobre isso. Temos conversado bastante”, à Marie Claire.
“Não acredito que um programa que desrespeita ou outros que fazem pseudos brincadeiras denegrindo as pessoas e humilhando seja humor”, em 2014, após ser perseguida novamente por integrantes do programa Pânico, à época na Band.
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“Só quero paz”, no mesmo texto de 2014, sobre o Pânico.
“É uma realidade que a finitude pode chegar para mim mais rápido. Sempre tive muito medo de morrer, hoje não tenho mais. No fundo, porque sei que a morte não vai chegar agora. Mas estou preparada”, à Marie Claire.
“Meu instinto de sobrevivência me fez querer me separar, mesmo eu estando com câncer, porque não estava me fazendo bem. E é machista achar que preciso ficar casada para ser cuidada. Por que o marido é mais importante que a mãe, o pai, a irmã, o amigo? Isso é um traço do patriarcado, que coloca essa importância tão grande no homem”, à Marie Claire.
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“A gente vive uma grande farsa no nosso país no que diz respeito à democracia racial. Vivemos uma disparidade. Estamos começando a emergir, se unir, mas ainda é tudo muito difícil. Temos que realmente provocar para as instituições contarem a nossa história de verdade”, ao Power Trip Summit, em 2022.
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