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Cotidiano

Roberto Avallone morre aos 72 anos em São Paulo

LENDA DO JORNALISMO ESPORTIVO. Jornalista paulistano se tornou notório por comandar o Mesa Redonda, da 'TV Gazeta'

Bruno Hoffmann

26/02/2019 às 01:00

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Vítima de um enfarto, o jornalista esportivo Roberto Avallone morreu aos 72 anos na Capital

Vítima de um enfarto, o jornalista esportivo Roberto Avallone morreu aos 72 anos na Capital | /Reprodução Tv Cultura

"Meu Deus!". O bordão de Roberto Avallone, usado quando ouvia alguma novidade que considerava negativa, passou pela cabeça de muitos de seus admiradores na manhã desta segunda-feira, quando foi anunciada a sua morte, aos 72 anos, em São Paulo, após sofrer um enfarto durante a madrugada. Avallone foi o apresentador do programa Mesa Redonda Futebol Debate, da "TV Gazeta", entre 1985 e 2003, atração na qual criou bordões imitados até hoje e que deu um novo patamar ao jornalismo esportivo na TV aberta.

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A sua lista de frases marcantes era extensa: "Espaço aberto para informação"; "no pique"; "vamos agora a uma pitadinha histórica"; "parem as máquinas"; "polêmica"; "Palmeiras um, dois, três, XV de Piracicaba, zero". Além das clássicas "exclamação" e "interrogação", que usava para destacar a pontuação.

O jornalista Sérgio Xavier Filho explicou por que Avallone pronunciava as pontuações em suas frases. "O 'Jornal da Tarde' usava e abusava da pontuação em títulos. Isso virou uma escola. Quando Avallone sai do impresso para a TV ele leva a ideia. E fica ótimo".

Avallone era um palmeirense apaixonado, mas tentava disfarçar quando estava no ar dizendo que torcia para o "Jornalismo Futebol Clube". Quando seu coração alviverde falava mais alto, no entanto, e queria dar uma bronca na diretoria do Palmeiras por alguma má atuação, dizia que aquele era um recado da sua "tia Dora, palestrina fanática".

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Após sair do Mesa Redonda, Avallone passou por algumas emissoras e sites. Depois, ficou um tempo sem espaço na mídia, até ser chamado pelo jornalista André Rizek para fazer uma participação semanal no Redação SporTV, do canal pago "SporTV", em 2015. "Foi uma honra ter trazido você para a bancada do Redação. Descanse em paz. Exclamação e reticências", escreveu Rizek nesta segunda.

CARREIRA.

Roberto Francisco Avallone nasceu em São Paulo em 22 de fevereiro de 1947. Formouse em Ciência Sociais pela PUC-SP. Ficou 23 anos no "Jornal da Tarde", em que se tornou chefe de reportagem. Em 1985, passou a apresentar o Mesa Redonda Futebol Debate. O seu grande companheiro e oponente era o jornalista Chico Lang, corintiano fanático. Também participaram da bancada nomes como Márcio Bernardes e Fernando Solera.

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Atualmente, Avallone apresentava um programa na CNT e era blogueiro do UOL Esportes.

HOMENAGENS.

Admiradores usaram as redes sociais para demonstrar a importância de Avallone. O jornalista Guga Chacra, da "GloboNews", afirmou: "Morre o grande jornalista, comentarista esportivo, palmeirense e meu ídolo de infância, Roberto Avallone. Obrigado por ter sido uma das inspirações para eu ser jornalista". O comentarista Antero Greco, da "ESPN Brasil", o definiu como "um gênio em jornal, um personagem ímpar na televisão".

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O jornalista Julio Gomes disse: "Nunca encontrei Roberto Avallone pessoalmente. Mas nem precisava, era como se eu já o conhecesse desde criança".

Houve também quem lembrasse o bordão que o jornalista paulistano usava ao fim dos programas: "Um grande abraço e da minha parte, tchau". (Bruno Hoffmann)

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