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Cotidiano

Rock in Rio: 25 moradores de SP relatam golpes em compras de ingressos

O golpe teria sido articulado por um amigo que conheciam o grupo há quase um ano; apesar da promessa, não havia ingressos, passagens nem hospedagem

Leonardo Sandre

09/09/2022 às 21:06  atualizado em 10/09/2022 às 01:36

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U m grupo de 25 pessoas da cidade de São Paulo relataram ter caído em golpe na tentativa de comprar ingressos a caminho da Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, para curtir o segundo fim de semana do Rock in Rio

U m grupo de 25 pessoas da cidade de São Paulo relataram ter caído em golpe na tentativa de comprar ingressos a caminho da Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, para curtir o segundo fim de semana do Rock in Rio | Divulgação

Nesta sexta-feira (9), um grupo de 25 pessoas da cidade de São Paulo relataram ter caído em golpe na tentativa de comprar ingressos a caminho da Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, para curtir o segundo fim de semana do Rock in Rio. O golpe foi supostamente articulado por um amigo que conheciam o grupo há quase um ano. Apesar da promessa, não havia ingressos, passagens nem hospedagem. As informações são do g1.

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As vítimas acusam Douglas Soares, de 30 anos, de ter extorquido mais de R$ 19 mil prometendo pacotes e ingressos para o festival.

Das 25 vítimas, 9 afirmaram ter registrado um boletim de ocorrência sobre o caso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que 4 casos estão sendo investigados.

Funcionamento do esquema

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  • Douglas se aproximava das vítimas em bares, baladas e por aplicativos de relacionamento;
  • Ele afirmava que trabalhava em uma agência de marketing que prestava serviços para o festival e tinha direito a credenciais para três dias do Rock in Rio;
  • O suposto golpista cobrava uma taxa que seria para as hospedagens das vítimas;
  • Douglas se oferecia para comprar as passagens das vítimas de ônibus pelo cartão de crédito dele, e elas repassariam os valores depois;
  • Douglas nunca enviou nenhum comprovante às vítimas da compra das passagens, da hospedagem nem os ingressos;
  • Em todos os casos ouvidos pelo g1, ele conhecia as vítimas há quase um ano.
  • A história viralizou quando uma das vítimas decidiu publicar no Twitter uma thread sobre o golpe. Muitos internautas questionaram por que alguém acreditaria em uma oportunidade de pagar um preço muito abaixo do normal para o festival que já estava com praticamente todos os dias esgotados, e a resposta foi: eles eram próximos de Douglas, que se mostrava confiável.

Relatos das vítimas

As vítimas, que afirmam que não se conheciam antes do golpe, relatam ter pago entre R$ 100 e R$ 1.500. Em todos os casos, Douglas teria se aproximado deles em bares, principalmente no Bar da Beth, no Centro de São Paulo, por amigos em comum ou até mesmo por aplicativo de relacionamento e, após um tempo, passou a oferecer um suposto pacote para o festival com ingressos e hospedagem. 

Ele dizia trabalhar em uma agência de marketing chamada Chacur - que segundo o g1 sequer teve sua existência constatada. O suposto golpista afirmava que estava prestando serviços para o festival e, por conta disso, os funcionários tinham direito a uma cota de ingressos disponíveis.

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Douglas apresentava para as vítimas um esquema em que elas ganhariam uma espécie de credencial para três dias de festival, do dia 9 ao dia 11, que terá apresentações como Green Day, Avril Lavigne, Coldplay, Megan Thee Stallion e Dua Lipa.

Ela conta que ele propôs o negócio do Rock in Rio em julho. "A garantia dele eram ingressos para um fim de semana do festival com desconto porque a agência que ele trabalhava tinha uma parceria e estava levando as pessoas. Só que eu transferi o dinheiro que ele pediu e não tinha nenhum retorno se estava tudo certo e tal. Ele falava que a agência levaria poucas pessoas e, ele mesmo preferia dar prioridade para pessoas pretas, tanto que todas as vítimas são pretas." 

Hellen afirma ter perdido R$ 164, que segundo o suposto golpista, não eram referentes ao ingresso do festival, mas sim para "garantir que ela entrasse no evento". Ela também apresentou a proposta a uma outra amiga, que transferiu cerca de R$ 700. Após descobrir que era um golpe, Hellen alegou ter se sentido mal por ter envolvido a amiga na história e a reembolsou com seu próprio dinheiro.

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Após desconfiarem que tinham caído em um golpe, Hellen e Basílio (outra vítima) criaram um grupo para se mobilizar e localizar Douglas. Em 27 de agosto, Basílio publicou um vídeo em uma rede social para alertar sobre os golpes envolvendo o Rock in Rio e foi procurado por outras pessoas que contaram ter passado pela mesma situação e também vítimas de Douglas. 

Atualmente, cerca de 25 pessoas fazem parte do grupo organizado por Hellen e Basílio. Todos eles relatam a mesma situação: conheciam Douglas há algum tempo, ele era um amigo presente e ofereceu os ingressos para o festival, sempre dando à pessoa a opção de convidar mais um amigo.

 

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Investigação

 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que "um dos casos citados é investigado pelo 34º Distrito Policial da Vila Sônia, na Zona Oeste, que instaurou inquérito policial. As vítimas estão sendo chamadas para prestarem esclarecimentos que possam auxiliar na elucidação dos fatos". 

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Afirmou também ter ocorrências investigadas pelo 62º Distrito Policial de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, e outros dois casos no 77º Distrito Policial da Santa Cecília, no Centro de São Paulo.

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