A+

A-

Alternar Contraste

Domingo, 20 Abril 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Rodrimar entra com pedido de recuperação

Decreto dos Portos. A Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, entrou com pedido de recuperação judicial

07/06/2019 às 01:00

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
A Rodrimar detém o arrendamento do Terminal Portuário de Contêineres do Saboó, em Santos

A Rodrimar detém o arrendamento do Terminal Portuário de Contêineres do Saboó, em Santos | / Divulgação Agência Brasil

A Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, entrou na última quarta-feira, 5, com pedido de recuperação judicial. A companhia é uma das envolvidas no escândalo que acusa o ex-presidente Michel Temer de receber vantagens em troca do Decreto dos Portos que favorece alguns terminais portuários.

Continua depois da publicidade

Em nota, a empresa afirma que o pedido foi necessário devido à retração da economia nos últimos cinco anos, da crise do setor portuário e das dificuldades de negociação com os credores. "Esta medida foi imprescindível para as empresas honrarem seus compromissos com fornecedores, funcionários, parceiros, clientes e credores, com o menor impacto possível, como sempre aconteceu ao longo de sua história de mais de 70 anos de atividades", destacou a companhia.

A Rodrimar detém o arrendamento do Terminal Portuário de Contêineres do Saboó, com capacidade de movimentação de 230 mil contêineres por ano. Nos últimos tempos, no entanto, com o aumento da concorrência no Porto de Santos, a empresa perdeu participação. Com o envolvimento no escândalo do Decreto dos Portos, a empresa foi ainda mais afetada e perdeu clientes.

No ano passado, o presidente da Rodrimar, Antônio Celso Grecco, foi preso pela Polícia Federal, na Operação Skala, que investiga corrupção no complexo santista. A acusação é que a empresa teria pago propina para ser beneficiada no Decreto dos Portos, editada por Michel Temer, em 2017. A principal desconfiança recai na alteração do artigo 19, que ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões e arrendamentos e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos, o que beneficiaria a Rodrimar.

Continua depois da publicidade

"A concessão da recuperação judicial é o início de uma nova etapa, pois ela fornece as garantias e a segurança necessárias para uma negociação ampla e definitiva de todas as pendências com seus credores", diz a empresa, em nota.

Com o pedido de recuperação, a Rodrimar segue o caminho do grupo Libra Terminais portuários, que também foi investigado no caso do Decreto dos Portos. O terminal, que chegou a ser o segundo maior do Porto de Santos na movimentação de contêineres, pediu recuperação em meados do ano passado. (EC)

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados