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Cotidiano

Rússia diz que não pretende usar armas nucleares na Ucrânia

'Não é aplicável ao que Moscou chama de operação militar especial na Ucrânia', diz porta-voz

06/05/2022 às 10:05  atualizado em 06/05/2022 às 10:13

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin | Pedro Ladeira/Folhapress

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexei Zaitsev, afirmou nesta sexta-feira (6) que o País não usará armas nucleares na Ucrânia.

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O uso deste tipo de armamento pela Rússia é um risco que as autoridades ocidentais discutiram publicamente. Em entrevista, Zaitsev afirmou que não é aplicável ao que Moscou chama de operação militar especial na Ucrânia. O texto conta com informações da "Reuters".

"Nenhum de nós pode encarar de ânimo leve a ameaça representada por um potencial recurso a armas nucleares táticas ou armas nucleares de baixo rendimento", disse o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, William Burns, citando os ataques que a Rússia sofreu na Ucrânia.

No último dia 20, o presidente Vladimir Putin anunciou o primeiro teste completo do novo míssil intercontinental para emprego de ogivas nucleares do país, o RS-28 Sarmat, conhecido na Otan (aliança militar ocidental) como Satã-2. É o mais poderoso armamento do tipo no mundo. 

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"Essa arma verdadeiramente única vai aumentar o potencial de combate de nossas Forças Armadas, garantindo de forma confiável a segurança da Rússia contra ameaças externas e fará aquele que, no calor da retórica agressiva tentam ameaçar nosso país, pensar duas vezes", disse ele em conversa com autoridades do Ministério da Defesa televisionada. 

O teste veio em meio ao início da batalha do Donbass, pelo controle da região russófona do leste da Ucrânia, quase dois meses após o início da guerra. No período, Putin sofreu reveses ao patrocinar um ataque amplo, mas descoordenado em várias frentes e com poucas forças concentradas, não logrando cercar Kiev.

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