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Cotidiano

Sâmia acusa colegas de tentar silenciá-la em CPI do MST; Girão fala em 'vitimismo'

Reuniões da CPI do MST têm sido palco de episódios em que mulheres, constantemente, tem o microfone cortado

13/07/2023 às 04:06  atualizado em 13/07/2023 às 12:08

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"Bate-boca" são os destaques das reuniões da Comissão que investiga os Sem Terra

"Bate-boca" são os destaques das reuniões da Comissão que investiga os Sem Terra | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Mais uma vez, a deputada federal do PSOL paulista, Sâmia Bomfim, foi impedida de se manifestar na Comissão Parlamentar de Inquérito do Movimento dos Sem Terra (CPI do MST). As reuniões da Comissão tem sido marcada por “bate-bocas”. Nesta quarta-feira (12), a deputada, e também a colega, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), foram chamadas de “chorume comunista” do Movimento acusado de “financiar invasões”. As declarações foram feitas pelo deputado Éder Mauro (PL-PA).

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“Sinta o cheiro do chorume do comunismo à sua volta”, disse Éder. Sâmia reagiu, falou que santinhos do deputado terem sido encontrados no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e com isso instigou o relator da Comissão, deputado Ricardo Salles (PL-SP). Ele disse: “Lá vem a deputada que é sempre interrompida querer interromper a todos”. A fala foi feita após Sâmia cobrar investigações do período enquanto Salles foi ministro do Meio Ambiente, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Episódios constantes 

Não foi a primeira vez. Em várias reuniões, as deputadas têm o microfone cortado ao longo das reuniões. Nesta última reunião, a aposta foi dobrada, Salles entrou com representação contra Sâmia na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. Alegou que pediria uma demissão coletiva.

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O presidente da CPI, Coronel Zucco (Republicanos-RS), endossou o relator. Disse que interromperia a sessão se a deputada não deixasse os demais falarem. Outros parlamentares se manifestaram. O deputado General Girão (PL-RN) disse sobre a deputada: “Se vale de ser mulher para silenciar os demais e se vitimizar quando lhe convém”. 

Na tentativa de se defender, Salles alegou que as falas das deputadas precisavam ficar registradas por sempre tentarem se vitimizar. Girão chegou a pedir a expulsão de Sâmia do Plenário. “Qual é o seu objetivo, deputada Sâmia? Quer que eu encerre a sessão? Fique calada e respeite os demais deputados”, declarou.

Em defesa, Sâmia Bomfim declarou: “Em nenhum momento em que eu fui interrompida, ofendida ou humilhada, o presidente ou o relator saiu em minha defesa. Ao contrário, eles eram os principais agentes dessas ações.", disse a deputada à imprensa.

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