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Cotidiano

São Paulo lidera o número de contaminações de varíola dos macacos no país

O Brasil ocupa o sexto lugar com mais casos de varíola dos macacos no mundo, com 813 diagnósticos positivos

Natália Brito

27/07/2022 às 15:31  atualizado em 27/07/2022 às 15:35

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Monkeypox

Monkeypox | Divulgação

O Brasil ocupa o sexto lugar com mais casos de varíola dos macacos no mundo, com 813 diagnósticos positivos. São Paulo é o estado que lidera o número de casos no país, com 595 pessoas infectadas, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. As informações são do portal "G1".

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Segundo a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da doença, Rosamund Lewis, a situação brasileira é preocupante e é fundamental que as autoridades tomem conhecimento sobre a emergência de saúde pública que é de interesse internacional e tomem as medidas adequadas.

Atualmente uma das ações de combate contra a monkeypox é a vacina que garante 80% de proteção contra o vírus, e está sendo fabricada na Dinamarca. O governo do estado já informou que pretende comprar doses ou até produzi-las no Instituto Butantan.

A OMS ainda não recomenda a vacinação em massa, mas a aplicação de doses em pessoas que foram expostas ao vírus ou a grupos que estejam em risco maior.

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O Hospital Emilio Ribas, que é referência para o diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos na capital, tem atendido cerca de 30 a 40 pessoas por dia para fazer o teste e saber se estão com a doença.

Uma das explicações médicas para a doença ter se espalhado rapidamente é que, em muitos casos, os sintomas têm sido discretos. Algumas pessoas apresentam, por exemplo, poucas lesões na pele e não se isolam, como é recomendado.

Segundo o infectologista Mario Gonzalez, a contaminação pode acontecer antes mesmo de qualquer sintoma aparecer.

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“Algumas pessoas já podem transmitir um pouco antes de apresentar sintomas, de 4 a 8 horas antes dos sintomas, das lesões de pele, já podem estar transmitindo. O que estamos observando é que há espectro de sintomas e lesões. Pode variar de lesão única na pele a milhares de lesões na pele. Tem pessoas que têm algo muito leve e por conta disso nem cancelam os compromissos que elas têm, vão a festas, bares, fazem encontros íntimos, mantêm relações com outras pessoas e podem continuar transmitindo.”

Quando as lesões surgem, elas parecem espinhas ou bolhas e podem ser acompanhadas de ínguas - que são os gânglios inchados - febre, dor no corpo.

De acordo com Rafael Rossato, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros/Icmbio , apesar do nome, a doença não é transmitida pelo macaco,

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“Só tem esse nome porque foi descoberta a primeira vez o vírus em um macaco em um laboratório, e o macaco só é mais um animal acometido pela doença. A transmissão tem ocorrido de pessoa para pessoa, os macacos só tem levado a fama no nome mesmo. É problema para os macacos porque aí por falta de informação, desconhecimento, muitas vezes esses animais são agredidos, expulsos ou até mortos. Isso aconteceu muito com a febre amarela também.”

A doença pode ser transmitida pelo compartilhamento de objetos contaminados, como copos, toalhas, roupa de cama. Mas até agora, de acordo com os especialistas, a principal forma de contágio tem sido pelo contato físico prolongado com alguém contaminado.

“Uma prevenção importante seria evitar contato íntimo ou relações sexuais com pessoas desconhecidas, com múltiplos parceiros. A outra coisa importante é que quem está com lesões deve se isolar, passar pelo médico e, se positivo, manter isolamento pelo tempo necessário, que é até a cicatrização das lesões", afirma Gonzalez.

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O Ministério da Saúde informou que os testes para diagnóstico estão disponíveis e que articula com a Organização Mundial da Saúde as tratativas para aquisição de vacinas.
 

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