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Estudo mostra que a maioria das pessoas que vivem em favelas enfrenta falta de infraestrutura básica | Fernando Frazão/Agência Brasil
Em 2022, 3,6 milhões de pessoas no estado de São Paulo viviam em favelas, o equivalente a 8% da população estadual, distribuídas em cerca de 1,2 milhão de domicílios.
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O levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (5/12) detalha não apenas o perfil socioeconômico desses moradores, mas também as condições de infraestrutura urbana nessas áreas, evidenciando desigualdades em relação ao restante da população.
Mais da metade dos moradores das favelas (52%) se declara parda, enquanto 34,4% são brancos e 13,2% pretos. A população jovem é expressiva: 32% têm entre 0 e 19 anos, e 8,9% são idosos.
Esses números mostram que favelas não abrigam apenas população adulta economicamente ativa, mas também crianças e idosos que convivem com limitações de infraestrutura.
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O estudo mostra que a maioria das pessoas que vivem em favelas enfrenta falta de infraestrutura básica. Duas a cada três ruas não têm árvores, enquanto fora das favelas esse número cai para 25,2%.
A situação das calçadas também é precária: 44,8% das ruas não têm passagem para pedestres, contra apenas 4,8% em áreas fora das favelas.
O acesso é ainda mais limitado em ruas de difícil circulação: 775 mil pessoas (21,7%) só conseguem chegar às suas casas a pé, de bicicleta ou de moto, enquanto fora das favelas isso atinge apenas 0,8% da população. Apesar de 80,5% das vias serem asfaltadas, 18,3% ainda não têm pavimentação.
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Outros dados mostram que apenas 43,5% das ruas têm bueiros ou bocas de lobo, e 15,2% não têm iluminação pública. O transporte coletivo também é restrito: só 6,2% das ruas contam com ponto de ônibus ou van, contra 15,2% fora das favelas.
Os dados reforçam a desigualdade urbana no Estado: fora das favelas, 97,6% das vias são pavimentadas, 98,6% têm iluminação pública e 62,2% dispõem de bueiros. Além disso, o transporte coletivo chega a 15,2% da população dessas áreas, mais do que o dobro da cobertura nas favelas.
O levantamento evidencia que apesar de avanços em algumas regiões, favelas ainda enfrentam desafios significativos em infraestrutura urbana, mobilidade e qualidade de vida.
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A presença de crianças e idosos em grande número reforça a urgência de políticas públicas voltadas à segurança, saneamento, transporte e urbanismo.
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