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O presidente da Comissão Especial da Reforma na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM) | / Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
As sinalizações mistas do governo federal sobre a reforma da Previdência, que já teve o próprio presidente Jair Bolsonaro "desidratando" a proposta de antemão, não ajudam a garantir uma economia relevante com a reforma, disse na sexta-feira, o presidente da Comissão Especial da Reforma na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), em entrevista à "Rádio Eldorado".
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"Cada vez que Bolsonaro fala sobre a reforma, ele retira alguma coisa", disse Ramos, lembrando que no mesmo dia em que o Ministério da Economia apresentou um novo cálculo sobre o impacto fiscal da proposta, passando de R$ 1 trilhão para R$ 1,23 trilhão de economia em dez anos, o próprio chefe de Estado brasileiro reconheceu que a proposta pode ser desidratada e a economia pode ficar em torno de R$ 800 bilhões. "Isso não ajuda em nada, vai contra o trabalho da própria equipe econômica." Para Ramos, com exceção do Ministério da Economia, que "tem uma visão clara de projetos e propostas para o Brasil", o governo federal não tem planos concretos. "Se Bolsonaro falar menos sobre a reforma até ela ser aprovada, vai ajudar bastante", comentou.
Favorável à reforma.
Ramos diz ter consciência da necessidade de reformar o sistema previdenciário brasileiro. Ele vê, porém, "alguns ajustes" como necessários na proposta apresentada pelo governo.
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"Não podemos fazer um ajuste fiscal exigindo este sacrifício do trabalhador rural, dos mais pobres que recebem o BPC", disse Ramos. "Da mesma maneira, não me parece correto com os professores deste País a mudança abrupta que está sendo colocada. É preciso calibrar melhor as regras de transição
deste grupo." (EC)
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