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A baixa de juros é um dos fatores que explica, tanto o lançamento de novos imóveis, como o aumento de vendas no setor
28/12/2021 às 22:25
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Cidade de Campinas, no interior de São Paulo | / Carlos Bassan/PMC
Mesmo diante da freada econômica observada na pandemia, um setor se demonstrou resistente frente aos números contrários do mercado: o imobiliário. Transações com imóveis residenciais e comerciais estão em alta, de acordo com especialistas do setor e cidades do interior de São Paulo merecem destaque neste cenário.
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Segundo Carlos Alberto Tojeiro Damiati, subdelegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) em Bauru, a lógica de oferta e demanda deve continuar favorecendo a recuperação do setor imobiliário. O texto conta com informações do "G1".
A baixa dos juros é um dos fatores que melhor explica estes resultados. Ao g1, Damiati explica que as taxas favoreceram tanto o lançamento de novos empreendimentos quanto a compra de imóveis novos.
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O especialista explica que a oferta de empréstimos foi determinante para que muitos brasileiros apostassem na compra da casa própria fazendo com que a venda de imóveis para pessoas físicas batesse recorde, com R$ 152,8 bilhões em renda de janeiro a outubro, segundo informações do Banco Central.
“A pandemia prejudicou todos os setores, inclusive o imobiliário. Porém, essa alta no potencial de mercado que o manteve ‘aquecido’ se deve por conta de sinais de recuperação, desde 2019 que vínhamos percebendo. Os juros em 2020 estava baixo, chegando a 3%, o que facilitou tanto a compra quanto a venda”, diz Damiati.
Cerca de 26,3 mil novos imóveis foram lançados no Brasil no primeiro trimestre de 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O resultado representa um número 39% melhor em relação ao mesmo período do ano passado.
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Setor comercial e residencial
A estimativa para o setor imobiliário para o ano de 2022 é de que essa alta se mantenha. O ano de 2021 deve apresentar resultado 70% maior em relação aos negócios concretizados em 2020, devido à pandemia, admite Damiati. Portanto, para o próximo ano, a projeção é ainda melhor.
“Com a volta às aulas presenciais, os estudantes retornam para Bauru, que é uma cidade amplamente universitária e abarca muitos jovens que dependem de um aluguel de apartamento. Então, as locações tendem a aumentar em 70%”, explica o especialista.
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Ainda segundo Damiati, o setor comercial foi menos impactado que o residencial em 2020 porque os comerciantes relutaram em "abandonar o barco", já que muitos têm no empreendimento sua fonte principal de renda. A previsão é que o resultado feche em alta de 50% para imóveis deste tipo neste ano.
Sobre a expectativa para 2022 no setor comercial, o especialista afirma ainda que deve haver uma procura por imóveis menores. Nos anos anteriores era comum que espaços comerciais tivessem entre 3 e 4 mil metros quadrados. Agora, a previsão é que eles tenham cerca de 1 mil. Isso porque as necessidades de isolamento social devem permanecer.
“A gente observa uma tendência para espaços menores no comércio, pois as empresas estão se adaptando, em vista dos novos hábitos que a pandemia nos trouxe, como o home office ou o trabalho híbrido”, conclui.
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