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Cotidiano

Simulação revela o que aconteceria se uma tempestade solar atingisse a Terra hoje

Experimento da ESA mostra como satélites, redes elétricas e internet seriam afetados por uma tempestade solar de grande intensidade

Hebert Dabanovich

20/10/2025 às 10:00  atualizado em 20/10/2025 às 11:13

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Imagem impressionante do Sol do perfil James and Chips

Imagem impressionante do Sol do perfil James and Chips | James And Chips

A Agência Espacial Europeia (ESA) realizou um experimento para simular os efeitos de uma tempestade solar extrema semelhante ao Evento Carrington, registrado em 1859.

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O teste, feito no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha, avaliou o impacto que uma erupção solar dessa magnitude causaria no ambiente atual, dominado por satélites, redes elétricas e conexões de internet.

O Evento Carrington, causado por uma erupção solar intensa, lançou partículas que induziram correntes elétricas na Terra e provocou falhas em sistemas telegráficos, além de auroras em regiões incomuns, como Cuba. De acordo com cientistas da ESA, um fenômeno semelhante pode voltar a ocorrer e causar danos em larga escala.

O teste foi conduzido paralelamente ao lançamento do satélite Sentinel-1D. Para avaliar a reação a uma eventual tempestade solar, a equipe simulou o impacto de uma erupção solar de classe X45, com ejeção de massa coronal para atingir a Terra a cerca de 2.000 km/s.

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Na simulação, o aumento da densidade atmosférica elevou o risco de colisão entre satélites e reduziu a vida útil dos satélites devido ao maior consumo de combustível.

Em solo, o experimento projetou possíveis falhas em redes elétricas e a formação de auroras em baixas latitudes.

De acordo com Jorge Amaya, coordenador de Modelagem de Clima Espacial da ESA, um evento dessa magnitude poderia aumentar o arrasto dos satélites em até cinco vezes.

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“Isso afeta os riscos de colisão e encurta a vida útil das naves devido ao aumento do consumo de combustível”, explicou.

Resultados positivos

O chefe de simulação do Sentinel-1D, Gustavo Baldo Carvalho, afirmou que o estudo permitiu identificar estratégias de resposta a emergências espaciais. “A principal lição é que não se trata de saber se vai acontecer, mas quando”, disse.

O Sol passa por ciclos de aproximadamente 11 anos. O atual, conhecido como Ciclo 25, está em seu ponto máximo. A Nasa informou recentemente que o número de erupções solares tem sido maior do que o esperado.

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A ESA informou que os resultados da simulação reforçam a importância de ações preventivas e do desenvolvimento de sistemas de monitoramento.

Ela também trabalha na criação do Sistema Distribuído de Sensores de Clima Espacial (D3S), uma rede de satélites que observará a atividade solar e seus efeitos sobre o campo magnético da Terra.

O objetivo é fornecer dados que auxiliem governos e empresas na proteção de infraestruturas críticas.

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