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Sindicato que representa as escolas particulares, repudiou "veementemente" a decisão da Prefeitura de São Bernardo de suspender as aulas presenciais na rede particular de ensino básico a partir de 1º de março.
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Sala de aula vazia em São Bernardo do Campo | /Gabriel Inamine/PMSBC
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEEESP), que representa as escolas particulares, repudiou “veementemente” a decisão da Prefeitura de São Bernardo de suspender as aulas presenciais na rede particular de ensino básico da cidade a partir de 1º de março.
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O anúncio ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e afeta também as unidades das redes estadual e municipal, que tiveram o retorno às atividades presenciais adiado para 15 de março. As informações são do Diário Regional.
A prefeitura atribuiu a decisão ao aumento da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede municipal e avanço da média móvel de óbitos em decorrência da covid-19. Argumenta ainda quem desde 17 de novembro, foram registradas 491 mortes na cidade em decorrência do novo coronavírus – desde o início da pandemia, São Bernardo acumula 1.489 óbitos.
Em nota, o SIEEESP argumenta que as crianças não são as vilãs do repentino aumento de casos de covid-19 ou da maior ocupação de leitos de UTI. “Pelo contrário: está mais do que provado, no mundo inteiro, que as crianças se contaminam muito pouco e raramente transmitem a doença”, afirma o presidente da entidade, Benjamin Ribeiro da Silva.
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O SIEEESP alega ainda que mesmo contra todas as evidências científicas, pesquisas e observações médicas, mais uma vez uma autoridade municipal se vale de atitudes “provadamente ineficazes e altamente danosas à saúde mental e física das crianças, alegando tratar-se de um problema de saúde”.
“Novamente as crianças e as famílias de alunos são chamadas a pagar o preço da gestão pública ineficiente, pois o lockdown anunciado é somente contrário às crianças, já que terão de continuar confinadas em casa. Enquanto isso, bares, bufês, academias, shoppings, parques, todo o comércio de rua e toda a indústria, enfim, a cidade inteira pode continuar aberta. A escola não: fica fechada”, afirmou Ribeiro.
“Mais um fechamento das escolas não vai desocupar leitos em enfermarias e hospitais, não vai liberar leitos em UTIs, nem vai fazer baixar o contágio da doença. Isso é vender ilusão, ir contra a verdade científica, mais uma vez”, concluiu o presidente do SIEEESP.
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Com a decisão do município, também ficam suspensas as reuniões com pais e entrega de materiais e uniformes escolares que seriam iniciadas nesta semana. O decreto também determina o toque de recolher entre 22h e 5h, a partir do sábado (27).
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