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O anúncio ocorreu no penúltimo dia da visita do governador João Doria (PSDB) ao país asiático | /Divulgação Governo do Estado de SP
A gigante da telefonia móvel chinesa Huawei anunciou na sexta-feira que tem a intenção de abrir a sua terceira fábrica no Brasil, agora para a montagem de celulares em uma cidade ainda a ser definida em São Paulo em 2021.
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O investimento anunciado é de US$ 800 milhões
(R$ 3,31 bilhões hoje) de 2020 a 2022, e visa preparar a empresa para participar do leilão da telefonia 5G no Brasil, marcado para março do ano que vem.
O anúncio ocorreu no penúltimo dia da visita do governador João Doria (PSDB- SP) à China e foi celebrado pelo tucano como o mais importante da missão empresarial que passou a semana abrindo canais com empresas chinesas.
Até aqui, com exceção de um negócio lateral de
R$ 25 milhões para exportação de sapatos infantis, havia memorandos de entendimento e protocolos de intenção.
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"Agora temos perspectivas de US$ 24,8 bilhões em investimentos que os chineses se mostraram interessados", disse, corrigindo o número inicial de US$ 24 bilhões citado em balanço da viagem mais cedo, em Xangai.
A diferença é que os
US$ 800 milhões estão contratados agora, que se somam a outros US$ 4 bilhões potenciais do setor privado chinês - o restante da cifra é o tamanho dos projetos públicos que interessaram estatais chinesas de infraestrutura.
A telefonia 5G é um dos campos de batalha tecnológica mais agitado no mundo hoje. Prometendo ultraconectividade, a banda viabiliza a chamada internet das coisas - carros, casas, escritórios
em rede.
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A disputa geopolítica entre China e Estados Unidos se dá aqui também, e a Huawei enfrentou diversas sanções e ameaças do governo de Donald Trump - chegou a ter executivos presos no exterior e sofreu um veto de negócios com seus fornecedores de tecnologia americanos.
Especialistas em tecnologia apontam o risco de todo o mundo da internet acabar dividido entre produtores chineses e americanos, inclusive sem compatibilidade
entre padrões.
Pressionada, a Huawei fechou negócios para instalar o 5G da Rússia e da Coreia do Sul recentemente, e vai disputar leilões não só no Brasil, mas em todo o mundo.
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Hoje a empresa tem uma unidade de serviços de fibra óptica em Manaus e uma fábrica que emprega 2.000 pessoas para produzir infraestrutura de apoio às operadoras de telefonia que já utilizam seus serviços em Sorocaba.
A próxima unidade promete empregar 1.000 pessoas. "Faremos aparelhos 5G para o Brasil e para países da América do Sul", disse Atílio Rulli, diretor de Relações Públicas e Governamentais da empresa no Brasil, que se reuniu com Doria ao lado do vice-presidente da Huawei, Steven Shen. (FP)
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