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Cotidiano

São Paulo rompe contrato com empresa de ônibus suspeita de elo com PCC

Prefeitura anunciou caducidade de contratos com Transwolff, concessionária que atende 500 mil pessoas na Capital

Bruno Hoffmann

05/12/2025 às 08:50

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Ônibus da Transwolff, empresa que teve o contrato rompido pela prefeitura

Ônibus da Transwolff, empresa que teve o contrato rompido pela prefeitura | Divulgação/Transwolff

A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial desta sexta-feira (5/12) o decreto que determina a caducidade dos contratos com a concessionária de ônibus Transwolff. Com isso, os contratos serão rompidos e a gestão e administração da empresa passam para a SPTrans.

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“Por não cumprir obrigações e termos contratuais, a administração municipal decidiu decretar a caducidade dos contratos para dar continuidade à prestação de serviço da população, já que a empresa está impedida de operar”, escreveu a gestão municipal, em nota, no dia anterior (4/12).

A caducidade é um termo usado para o processo de extinção de um contrato motivada por indícios ou comprovação de falhas graves pela outra parte.

Em nota, a Transwolff informou que ainda não houve intimação formal da decisão administrativa de caducidade, nem de seus fundamentos. "Com o recebimento oficial do ato, serão adotadas as medidas legais cabíveis para restaurar os direitos flagrantemente violados no processo administrativo em andamento, observando-se o devido processo legal".

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Sem mudanças nas linhas

Segundo a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), não haverá mudança para os passageiros. A Transwolff opera 133 linhas que atendem mais de 500 mil pessoas por dia, principalmente nas zonas sul e leste da cidade. O contrato de 15 anos tinha vigência até 2034.

A empresa já estava sob intervenção desde abril de 2024, por decisão judicial, e de lá para cá, na prática, já era gerida pela SPTrans.

A prefeitura afirmou que todos os empregos serão mantidos, incluindo salários e benefícios dos funcionários. A SPTrans também vai assumir os pagamentos a fornecedores para garantir a continuidade dos serviços.

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Suspeita

A Transwolff, com outra empresa de ônibus, a UPBus, foi alvo da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril de 2024 pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por suspeita de lavagem de dinheiro e favorecimento ao PCC.

As investigações apontam que o dinheiro usado para aumentar o capital da Transwolff poderia ter origem ilícita.

Em função dessas suspeitas, a Prefeitura de São Paulo abriu processo para rescindir os contratos da Transwolff e da UPBus em dezembro de 2024. A defesa da Transwolff nega qualquer vínculo com o crime organizado.

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