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Marcos Ribas é sócio-fundador da NanoInk, que propõe desenvolver tintas que aumentem o rendimento na geração de Hidrogênio Verde | Divulgação
O programa em questão se trata de uma iniciativa pioneira da Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde, formada pelas Câmaras de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo e Rio de Janeiro, responsáveis pela realIzação do Programa, que contam ainda com o apoio da Agência de Cooperação Técnica da Alemanha - GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH) e do Ministério de Minas e Energia - MME, que tem por objetivo fomentar ideias para o desenvolvimento de soluções inovadoras na produção, logística e aplicação que contribuam com a expansão da utilização do H2.
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A NanoInk, que integra o Parque Tecnológico de Santos, propõe desenvolver tintas contendo nanomateriais orgânicos funcionais inéditos para desenvolver sistemas de fotossíntese artificial que aumentem o rendimento na geração de Hidrogênio Verde, que se trata daquele que é produzido com eletricidade oriunda de fontes de energia limpas e renováveis, como as de matriz hidrelétrica, eólica, solar e provenientes de biomassa e biogás. Ou seja, ele é carbono zero: obtido sem emissão de CO2.
Atualmente, a produção de Hidrogênio Verde ainda possui baixo rendimento e no caso de reação realizada com luz solar, a produção sofrerá perdas de eficiência devido os efeitos climáticos (nuvens, chuva, altas temperaturas).
Os sistemas de fotossíntese artificial oferecem uma grande vantagem de funcionarem eficientemente mesmo com o céu nublado. Usando a luz solar, as tintas injetam mais elétrons na reação redox e aumentam seu rendimento em torno de 30%.
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Essas tintas especiais são desenvolvidas para atuarem em técnicas com aplicações em cinco áreas, que se tratam de: combater a falsificação de produtos agro, medicamentos humanos e pet e itens de grife; aumentar a ECP de células solares de aproximadamente 25% para cerca de 50%; desenvolver TADF OLEDs com maior tempo de vida e economia de energia; aumentar a produção do hidrogênio verde em 30% e potencializar a transformação de CO2 e CH4 em combustível.
INOVAÇÃO
O programa iH2Brasil consiste na realização de três edições, entre 2022 e 2023, e, além das startups, vai reunir ideias inovadoras de entusiastas e de instituições sem fins lucrativos. A primeira chamada, que incluiu o período de inscrições e a avaliação dos projetos-piloto apresentados, foi de 13 de março deste ano a 3 de junho.
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Na categoria startups, foram inscritos 30 projetos, dos quais oito foram selecionados para o processo de aceleração, que vai até outubro de 2022. Elas têm como objetivo específico alavancar negócios inovadores e promover a inovação aberta por meio do desenvolvimento de projetos-piloto entre startups e empresas já estabelecidas.
CENÁRIO
Diante da crescente preocupação mundial para conter as mudanças climáticas e os seus efeitos no planeta, os países vêm firmando compromissos de redução de emissões de CO2.
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Alinhado a isso, o governo brasileiro, sexto maior emissor de CO2 do mundo, se comprometeu em reduzir suas emissões em 37% até 2025, e em 43% até 2031. Apresentando também metas ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 55% até 2050.
Uma das principais formas de evitar o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, e seus consequentes efeitos para o planeta e sociedade é por meio do uso de fontes de "energia limpa", ou seja, que não se utilizam de combustíveis fósseis na sua produção.
O Brasil já possui 83% da sua matriz energética proveniente de energias renováveis, ocupando o primeiro lugar entre os países em produção de energia limpa. Isso se dá, devido às suas características geográficas e climáticas que, também habilitam o potencial do país para se tornar um dos líderes globais em Hidrogênio Verde, uma das principais apostas para a eliminação dos combustíveis fósseis.
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A energia renovável no Brasil apresenta custos de geração que estão entre os mais competitivos do mundo, indicando esta mesma tendência para o Hidrogênio Verde.
"Olhando especificamente para o ecossistema de PD&I voltado ao Hidrogênio Verde, a situação é incipiente e bastante concentrada no campo da produção, ficando bastante defasada a parte de logística e de aplicação. Fora isso, ainda são poucas as iniciativas voltadas ao apoio de Cleantechs, empresas baseadas em tecnologias limpas, que demandam grande investimento e tempo para seu desenvolvimento", diz Bruno Vath Zarpellon, diretor de Inovação e Sustentabilidade da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK SP).
"O Programa iH2Brasil vai permitir ao Brasil sair na frente e se tornar referência mundial na utilização de hidrogênio verde para conter os efeitos nocivos das emissões de carbono na atmosfera", acrescenta Zarpellon.
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