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Cotidiano

Submissão ministerial

Bruno Hoffmann

16/04/2019 às 01:00

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Nilto Tatto
COLABORADOR

Nilto Tatto COLABORADOR | /Divulgação

O parlamento brasileiro tem como prática receber ministros e chefes do executivo para reuniões de prestação de contas, bem como apresentações de planos e metas de suas pastas. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, não é diferente. Após a aprovação de requerimento convidando o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a comparecer na Comissão de Meio Ambiente, no entanto, veio a decepção.

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Ao contrário do procurador da República, Deltan Dalagnol, que covardemente se omitiu a dar explicações à Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, sobre a criação ilegal de um fundo bilionário, Salles se apresentou à Comissão de Meio Ambiente, mas não para expor aos parlamentares o quadro de sua pasta. Na prática, o ministro sequer trouxe um projeto ou meta que o governo se propõe a cumprir, mas, pelo contrário, decepcionou e desrespeitou os deputados e os cidadãos brasileiros, já que utilizou o tempo e espaço desta importante comissão para fazer proselitismo.

Durante a Audiência, chegou a afirmar que o debate ambientalista estaria cheio de ideologia, sem sequer explicitar que tipo de ideologia ele se referia. Um discurso tão tendencioso e mal elaborado que faz lembrar a fala da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também em Audiência na Câmara dos Deputados. Quando questionada sobre a dificuldade na produção de alimentos saudáveis no País, Cristina afirmou que no Brasil não existe fome, porque, segundo ela, "as cidades estão cheias de mangas".

A resposta da ministra, digna de uma conversa de buteco, só poderia vir mesmo de alguém tão irresponsável a ponto de liberar um número recorde de agrotóxicos no País, permitindo inclusive o uso de substâncias proibidas no exterior. Se o Ministério do Meio Ambiente deveria se contrapor à medidas como esta, garantindo que nossa biodiversidade e recursos naturais sejam preservados, Salles deixou claro que isso não irá acontecer, já que se submeteu à pasta da Agricultura, beneficiando apenas os ruralistas e empresas agroquímicas.

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