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Análise foi realizada durante 54 dias e, nesse período, foi observado que ele contém quatro vezes mais proteínas e calorias que o leite de vaca | Peterwchen/Wikimedia
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Biologia Regenerativa e de Células-Tronco da Índia tem mostrado que o leite de barata está chamando muita a atenção pelo seu alto valor nutricional.
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O "alimento" apresentou grande potencial para se tornar um superalimento no futuro.
A espécie analisada é a Diploptera punctata. Nela, foi descoberto um denso valor nutricional, sendo muito superior ao valor nutricional dos leites convencionais.
A Diploptera punctata é um inseto vivíparo, diferente das baratas comuns, ou seja, seus embriões se desenvolvem dentro do corpo da mãe.
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Com isso, eles se alimentam de uma substância altamente nutritiva que a mãe produz, parecida com o leite dos mamíferos.
A composição desse líquido é formada por cristais proteicos ricos em carboidratos, açúcares e nove tipos de aminoácidos essenciais, fundamentais para a manutenção da massa muscular e da saúde celular.
Segundo informações do estudo, 100 ml dessa substância exigiriam mais de mil baratas, fazendo com que sua produção em larga escala seja um grande desafio biotecnológico.
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A análise foi realizada durante 54 dias e, nesse período, foi observado que ele contém quatro vezes mais proteínas e calorias que o leite de vaca.
Supera também o leite de búfalo em densidade nutricional, sendo considerado um dos alimentos mais concentrados em nutrientes já estudados.
A composição única aponta o leite de barata como uma fonte completa de aminoácidos e um possível aliado no combate à desnutrição global.
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Porém, o uso ainda segue sendo experimental, e não há evidências de segurança para o consumo humano.
Mesmo com o grande potencial científico, especialistas acreditam que a aceitação pública poderá ser uma grande barreira na popularização do leite de barata.
A origem do alimento desperta uma resistência cultural e repulsa, fatores que dificultarão a entrada do leite em dietas humanas.
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Isso porque o processo de extração do líquido, feito diretamente do trato digestivo das baratas fêmeas durante o desenvolvimento dos embriões, levanta diversas questões de ética e sustentabilidade.
Os pesquisadores ainda discutem alternativas para produzir esse composto em laboratório, utilizando técnicas de biotecnologia que eliminem a necessidade dos insetos.
Enquanto o leite de barata ainda não é comercializado, ele traz uma possível tendência: a busca por fontes alternativas e sustentáveis de proteína.
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Dessa forma, como as farinhas de insetos e algas, essa substância pode suprir a demanda alimentar mundial com menor impacto ambiental.
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