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Um ônibus foi atingido por um deslizamento e ficou parcialmente soterrado na avenida Niemeyer | /Tânia Rêgo/Agência Brasil
Um temporal com fortes ventos atingiu o Rio de Janeiro na noite de quarta-feira, matou ao menos seis pessoas, causou alagamentos, quedas de árvores, deixou bairros sem luz e acionou sirenes de alerta em áreas de risco. A prefeitura decretou estágio de crise (o mais grave) por volta de 22h e recomendou aos cariocas não saírem de casa.
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Foram ao menos seis mortes até o momento. Uma no Vidigal, outra na Rocinha, duas em Barra de Guaratiba e duas na avenida Niemeyer, na zona sul, onde um ônibus foi parcialmente soterrado por um deslizamento. A última morte registrada se deu após a confirmação que havia mais um passageiro no veículo. Bombeiros trabalham nesta manhã de quinta-feira para retirar as ferragens do ônibus de baixo de uma pilha de lama.
Em Barra de Guaratiba, zona oeste da cidade, onde houve a queda de uma barreira. Mãe e filha, segundo o corpo de Bombeiros, foram as primeiras mortes da noite. A corporação foi acionada às 20h44 para prestar esse socorro. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou luto oficial no município por três dias. Em vídeo publicado por volta das 11h20 nas redes sociais, o prefeito afirmou que o "Rio amanheceu de luto". "Desde às 21h uma tempestade se abateu sobre a zona sul do Rio com ventos de 110 quilômetros por hora, quase um tufão", disse ele.
Os pontos mais críticos foram registrados nos bairros que fazem a fronteira entre a zona sul e a zona oeste. Diversos bairros tiveram árvores centenárias arrancadas pela raiz, como Leblon, Copacabana, Botafogo e Laranjeiras.
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Os bairros de maior demanda por chamados da Defesa Civil municipal foram Barra da Tijuca, Itanhangá e Freguesia, na zona oeste, e em São Conrado, Rocinha e Vidigal, na zona sul.
Segundo os bombeiros, no final desta manhã a corporação já havia recebido 300 chamados para retirada de árvores caídas na cidade. De acordo com a prefeitura, já foram registradas a queda de 170 árvores e oito postes na cidade.
Na favela do Vidigal, no Leblon, zona sul, um dos bairros mais atingidos, ruas viraram córregos na noite de quarta e uma pessoa morreu em um deslizamento de terra. Crivella esteve na comunidade durante a madrugada para coordenar o apoio às vítimas dos alagamentos. Na Rocinha, em São Conrado, sirenes alertaram os moradores para desocuparem as residências e se encaminharem para os pontos de apoio próximos. Na comunidade, houve ao menos dois deslizamentos e também foi registrada a morte de uma mulher. Vídeos publicados nas redes mostram um homem sendo arrastado pela enxurrada - a família divulgou que ele passa bem.
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Um dos chamados atendidos pelo Corpo de Bombeiros relatava o soterramento de uma casa na estrada da Gávea, altura do número 200, por causa de um deslizamento. Segundo a Defesa Civil, choveu em quatro horas mais do que o esperado para todo o mês de fevereiro. Na estação de medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) no Forte de Copacabana os ventos chegaram a 110 km. A força da ventania derrubou inclusive cabos de comunicação do teleférico do Complexo do Alemão, na zona norte. Na avenida Niemeyer, um ônibus foi atingido por um deslizamento e provocou o desabamento de um trecho da Ciclovia Tim Maia. O ônibus foi parcialmente soterrado. (FP)
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