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Cotidiano

Toffoli adia julgamento de prisão em segunda instância

05/04/2019 às 01:00

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, decidiu retirar da pauta de julgamentos da próxima quarta-feira (10) as ações que discutem, de forma definitiva, a constitucionalidade ou não da prisão de condenados em segunda
instância.

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A decisão foi tomada na noite de quarta-feira antes de ele viajar para Boston, onde participará de um evento. Toffoli não marcou uma nova data. O ministro atendeu a um pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), autora de uma das três ações que tramitam no Supremo sobre o tema. As outras duas foram ajuizadas pelos partidos Patriota (antigo PEN) e PC do B. O relator das ações, que serão julgadas em conjunto, é o ministro Marco Aurélio.

O novo presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, pediu a retirada do processo da pauta de julgamentos sob o argumento de que a nova diretoria da entidade,
recém-empossada, precisa se inteirar do assunto para "estudar a melhor solução para o caso". A ação estava na pauta desde dezembro, quando Toffoli anunciou os julgamentos de todo este semestre.

O pedido da OAB para segurar a análise do tema caiu como uma luva para boa parte dos ministros do Supremo, que não queria que o julgamento fosse realizado antes de o STJ (Superior Tribunal de Justiça) resolver a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Lula está preso há quase um ano em Curitiba depois de ter sido condenado em segunda instância na Lava Jato, no caso do tríplex de Guarujá (SP). A pena foi fixada em 12 anos e um mês de prisão. Ele nega os crimes. Desde o ano passado, ministros do STF têm dito que é preciso fazer uma análise da questão da prisão em segunda instância desatrelada de casos específicos -principalmente do caso de Lula, que é o que gera maior comoção social. (FP)

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