Entre em nosso grupo
2
No último sábado, o País atingiu a marca de 100 mil mortes pelo coronavírus; diretor de emergências da Organização disse que o Brasil ainda tem transmissão comunitária
10/08/2020 às 12:51
Continua depois da publicidade
De acordo com o diretor de emergências da OMS, a taxa de transmissão no Brasil oscila entre 1,1 e 1,5, ou seja, uma pessoa contamina, em média, mais de uma pessoa | /kjpargeter/freepik
Nesta segunda-feira (10), o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, alertou que o Brasil ainda tem altos níveis de transmissão do novo coronavírus (Covid-19).
Continua depois da publicidade
"O Brasil está sustentando um nível muito alto de epidemia. A curva [de transmissão] achatou um pouco, mas não está diminuindo", disse Ryan.
Segundo o diretor, a taxa de casos positivos entre os testados está em torno de 20% e é muito “alta”. "Muitos dos indicadores para o Brasil estão realmente apontando para transmissão comunitária contínua, pressão contínua no sistema de saúde", ressaltou Ryan.
"O Brasil continua a ter entre 50 e 60 mil novos casos por dia. As UTIs ainda estão dando conta – e, de novo, é um crédito tremendo aos profissionais de saúde do Brasil. Eles estão nisso há meses", acrescentou o diretor.
Continua depois da publicidade
100 mil mortes
No último sábado (8), o Brasil ultrapassou 100 mil mortes causadas pela Covid-19 e se tornou o segundo maior número do mundo, ficando atrás apenas os Estados Unidos. Também no fim de semana, o País ultrapassou os 3 milhões de casos.
De acordo com o diretor de emergências da OMS, a taxa de transmissão no Brasil oscila entre 1,1 e 1,5, ou seja, uma pessoa contamina, em média, mais de outra pessoa. Uma situação controlada é quando a taxa fica abaixo de 1.
Continua depois da publicidade
"É muito difícil, porém, para muitas, muitas pessoas no Brasil – muitas vivem em lugares superlotados e pobres, onde sustentar esse tipo de atividade é difícil. O governo deveria estar apoiando essas comunidades – é muito difícil agir como uma comunidade se você não tem apoio", disse Ryan.
"Você precisa empoderar as pessoas com atos, recursos, conhecimento. As comunidades não podem agir com as mãos atadas. Elas precisam receber os meios, os recursos, o conhecimento", finalizou o diretor.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade