Turma da Mônica: obra de Maurício de Sousa vira Patrimônio Cultural de SP

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (5/11) o projeto de lei do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que reconhece oficialmente a obra do cartunista Maurício de Sousa como Patrimônio Cultural Imaterial da capital paulista.

A proposta foi enviada em 27 de outubro de 2025, data em que o criador da Turma da Mônica completou 90 anos, e busca homenagear a trajetória do artista e sua influência na cultura paulistana.

Em nota, a Mauricio de Sousa Produções (MSP) comemorou a iniciativa, destacando a relação entre a obra e a cidade.

“Foi na capital paulista que nasceram as primeiras histórias que conquistaram o Brasil e o mundo. A homenagem reflete o reconhecimento do público e o papel da obra mauriciana na formação cultural dos paulistanos por meio de valores como amizade, respeito e empatia”.

O prefeito Ricardo Nunes também ressaltou a importância da homenagem: “Mauricio de Sousa é um gênio da arte brasileira que inspira muitas gerações. O seu trabalho faz parte da memória afetiva de milhões de brasileiros e nada mais justo do que reconhecê-lo numa data tão significativa quanto seu 90º aniversário”.

Com a aprovação do projeto, São Paulo consolida o reconhecimento institucional da obra de Maurício de Sousa como patrimônio coletivo, reforçando o valor das artes gráficas e da narrativa popular na formação cultural da cidade.

O ato celebra não apenas o cartunista, mas também a valorização da cultura voltada à infância, à leitura e à criatividade.

Legado de Maurício de Sousa

Nascido em 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel (SP), Mauricio de Sousa começou a desenhar ainda na infância e iniciou sua carreira como ilustrador e repórter policial.

Em 1959, lançou sua primeira tira em jornal, protagonizada pelo cãozinho Bidu e seu dono Franjinha, que se tornaria a base da Turma da Mônica, com personagens como Cebolinha, Magali e Cascão.

Ao longo de mais de seis décadas, Mauricio criou mais de 400 personagens e expandiu sua obra para televisão, cinema, teatro, literatura e projetos educacionais, alcançando leitores de diferentes países e idiomas.

O impacto cultural e social de sua produção justifica o reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial, consolidando seu legado como parte da identidade cultural paulistana.