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Ainda não há informações oficiais sobre a possibilidade da campanha de vacinação ser prorrogada | /THIAGO NEME/GAZETA DE S. PAULO
A campanha de vacinação contra o sarampo acaba nesta sexta-feira na capital paulista. A imunização está sendo oferecida desde 10 de junho, mas a adesão do público alvo (jovens de 15 a 29 anos e profissionais de saúde) tem sido baixa. Apenas 47 mil procuraram os postos de saúde até segunda-feira (1º), o que equivale a 1,6%. Contatada pela Gazeta, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde disse que ainda não há informações oficiais sobre a possibilidade da campanha ser prorrogada.
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O estado de São Paulo, de acordo com informações do "G1", registrou um aumento de 303% nos casos de sarampo em apenas um mês. Já são 206 casos confirmados pela Secretaria Estadual da Saúde.
Ainda segundo o "G1", a vacinação foi estendida para mais cinco cidades da Grande São Paulo nesta quinta-feira: São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André (todas no ABC Paulista), Guarulhos e Osasco.
CAMPANHA TÍMIDA.
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Em 28 de junho, a Gazeta mostrou que a campanha estava tímida e era desconhecida por boa parte do público-alvo. Àquela altura, a campanha havia vacinado 0,55% desse público. Dois dias depois, no sábado, foi realizado o "dia D" da campanha, quando as 464 Unidades Básicas de Saúde (UBS) funcionaram das 8h às 17h, além de postos de vacinação móveis espalhados pelas regiões da cidade. O aumento da adesão, porém, foi baixo.
Uma das pessoas que não tinha conhecimento da campanha é a biomédica Tamara Gomes, de 27 anos. "Eu sou 'militante' da vacinação e me considero uma pessoa informada, mas não estava sabendo da campanha. Foi uma grande surpresa para mim essa questão da vacinação de adultos para o sarampo, pois sempre associamos essa doença à saúde infantil", explica.
O jornalista Tadeu Rover, ao ser perguntado se sabia sobre a campanha voltada a pessoas de 15 a 29 anos, respondeu: "Fiquei sabendo agora. Tenho 35 anos, estou fora do público-alvo, mas o desconhecimento segue independentemente disso".
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Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), o município tem mantido a cobertura vacinal alta na primeira dose da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), na população de 1 ano de idade, registrando 95,66% em 2018 e 101% no 1° quadrimestre de 2019. Já a cobertura da segunda dose foi de 44,10% em 2018, e ficou em 79,67% no 1° quadrimestre deste ano.
Adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina. Ela é contraindicada para mulheres grávidas e indivíduos imunossuprimidos. Pessoas que tiveram contato com caso suspeito de sarampo devem ser monitoradas por 30 dias pela Vigilância em Saúde.
(Bruno Hoffmann)
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