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Cotidiano
Após retirar censura de site e revista, ministro diz que Corte continua apurando ameaças
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Ministro do STF salientou que a Suprema Corte optou por investigar atuações contra a instituição com o objetivo de desmoralizá-la | /Wilson Dias/Agência Brasil
Em seu primeiro pronunciamento público após o vaivém na semana passada das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao arquivamento dos inquéritos sobre a publicação da revista digital "Crusoé" e "O Antagonista", o ministro Alexandre de Moraes, disse nesta segunda-feira que o assunto já foi resolvido.
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"Não preciso fazer nenhuma avaliação, isso já foi resolvido na semana passada e nós vamos continuar investigando, principalmente - e esse é o grande objetivo do inquérito aberto por determinação do presidente do Supremo - as ameaças aos ministros do STF", afirmou a jornalistas durante intervalo do VII Fórum Jurídico de Lisboa, realizado pelo IDP, do ministro Gilmar Mendes, na capital
portuguesa.
Moraes salientou que a Suprema Corte optou por investigar atuações contra a instituição com o objetivo de desmoralizá-la. "O que se apura, o que se investiga não são críticas, não são ofensas. Até porque isso é muito pouco para que o Supremo precisasse investigar. O que se investiga são ameaças graves feitas, inclusive, na Deep Web, como foi já investigado pelo próprio Ministério Público de São Paulo", argumentou. "É um verdadeiro sistema que vem se montando para retirar credibilidade das instituições", continuou.
O ministro também explicou sua atuação, de atender a um pedido do colega Dias Toffoli, alvo das reportagens da revista e que foram tratadas inicialmente como informações falsas. "Assim que chegaram os documentos, eu requisitei imediatamente a cópia integral do inquérito. Assim que ele chegou e eu constatei a presença desse documento, foi levantada a suspensão", justificou.
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Moraes foi questionado sobre se o processo não teria de ocorrer de forma inversa: primeiro haver a constatação de que se tratava de fake news para apenas depois impedir a circulação das informações pela revista. "Você não pode prejudicar a honra de uma pessoa quando há, como houve no caso, uma nota oficial da Procuradoria Geral da República", alegou, acrescentando que o comunicado da PGR dizia que a instituição não tinha conhecimento de nenhum documento, pois nenhum documento havia chegado à casa.
(EC)
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