A+

A-

Alternar Contraste

Terça, 03 Dezembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Venda de remédio fracionado fica só no papel

HÁ 13 ANOS. Possibilidade é prevista desde 2006, mas não é vista nas farmácias; agora, uma nova proposta para tornar essa oferta obrigatória reabre a discussão

03/07/2019 às 01:00

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Entidades pró-consumidores alegam que a medida reduziria desperdício e custos ao paciente; indústria se preocupa

Entidades pró-consumidores alegam que a medida reduziria desperdício e custos ao paciente; indústria se preocupa | /Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

Prevista em decreto de 2006 e resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do mesmo ano, a possibilidade de venda de medicamentos de forma fracionada, modelo que permitiria ao paciente comprar só o número de comprimidos indicado em receita médica, não é vista nas farmácias do País.

Continua depois da publicidade

Agora, uma proposta que visa tornar obrigatória essa oferta reabriu a discussão no Senado, na esteira da renovação do Congresso. Uma audiência pública na comissão de defesa do consumidor é prevista para este mês. A retomada do debate preocupa farmácias e indústrias de medicamentos, que apontam risco de interrupção dos tratamentos recomendados.

"Imagine um remédio para diabetes e hipertensão que o paciente toma um dia e não toma em outro?", questiona Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).

"Em outros países, como nos EUA, o fracionamento envolve estudos de estabilidade e é feito em área segregada na farmácia. Aqui é cortar com tesoura a embalagem. Você pode perder a estabilidade e rastreabilidade do produto. Você não sabe mais em qual lote isso foi feito", diz.

Continua depois da publicidade

Entidades pró-consumidor alegam que a medida reduziria desperdício e custos ao paciente, que poderia comprar apenas o indicado na receita.

"É uma medida contra o desperdício e para prevenir a automedicação e o descarte irregular de medicamentos, um problema negligenciado", afirma Ana Carolina Navarrete, pesquisadora em saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). (FP)

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados