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O vereador Xexéu Tripoli, do PV, afirma que o projeto é tão importante quanto o dos canudos | /DIVULGAÇÃO
Após aprovar na Câmara Municipal de São Paulo a proibição de canudos plásticos na Capital, faltando apenas a sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB), o vereador Xexéu Tripoli (PV) apresentou um novo projeto de lei para proibir que bares, restaurantes, padarias, hotéis e outros estabelecimentos comerciais forneçam aos clientes plásticos de uso único na cidade, como copos e talheres.
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Xexéu Tripoli, que antes era chamado de Reginaldo e resolveu adotar o apelido ("só não sou chamado de Xexéu pela minha mãe"), explicou em entrevista à Gazeta a importância da proibição dos plásticos de uso único.
"Esse projeto é tão importante quanto o de canudos. Com ele, as pessoas começam a ter acesso à informação de quão prejudicial é usar esses produtos de forma
indiscriminada".
Para ele, a humanidade se acomodou e começou a abusar do uso do plástico por ser um produto bastante eficiente. "Eu costumo dizer que o problema do plástico é a grande qualidade do produto. É durável, é flexível, é barato. A grande questão é o uso que o ser humano tem feito dele. Aquele uso único e que não retorna para reciclagem, e fica no ambiente. O plástico não some, só muda de lugar".
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Segundo ele, o projeto de lei é convergente ao que se tem feito em outros países. "No mundo há projetos muito mais audaciosos. A França deve proibir o uso do plástico único até 2021. A Holanda, até 2020, se não me engano. É algo muito importante. O plástico representa 16% do lixo que vai para os aterros sanitários. É muito importante que conquistemos essa
consciência".
O vereador explica ainda que é normal, e justificável, a população reclamar da prefeitura quando há enchentes na cidade, mas que boa parte do problema é causada por bueiros entupidos por lixo jogado na rua. "E o lixo que não entope os bueiros acaba no oceano", diz.
O uso das sacolas plásticas em supermercados não faz parte do projeto porque, segundo ele, há um outro projeto na Câmara dos Deputados com a intenção de proibir esse produto em todo o Brasil. Mas critica quem diz que as sacolas de supermercados não são prejudiciais ao meio ambiente. "A proibição, que está sendo discutida na esfera federal, é importantíssima para a saúde pública e para evitar enchentes. Há quem diga que essas sacolas não duram 400 anos na natureza. Mas duram 100...".
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De acordo com o projeto de lei para a proibição dos plásticos de uso na Capital, os estabelecimentos comerciais que descumprirem a medida receberão uma advertência. Na segunda autuação, a multa será de R$ 1 mil; na terceira, de R$ 2 mil; na quarta e na quinta, R$ 4 mil. Na sexta autuação, a multa será de R$ 8 mil, além do fechamento administrativo do estabelecimento comercial. (Bruno Hoffmann)
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