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Cotidiano
Concessionária Allegra Pacaembu demoliu arquibancadas laterais do estádio; Suplicy alega que estruturas eram tombadas pelo patrimônio histórico
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Estádio do Pacaembu com arquibancada em ruínas | Reprodução/Twitter de Nabil Bonduki
A Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (18) a realização de uma audiência pública para discutir as obras no estádio do Pacaembu, após pedido do vereador Eduardo Suplicy (PT). A Allegra Pacaembu, concessionária do estádio, será convocada para explicar as intervenções recentes no complexo esportivo da zona oeste da Capital.
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Na semana passada, duas fotos das arquibancadas laterais do estádio totalmente destruídas tomaram as redes sociais, causando indignação em muitas pessoas. O espaço foi demolido para contar com um subsolo de Arena E-sports, como são conhecidos os torneios de jogos eletrônicos.
De acordo com Suplicy, a arquibancada é parte integrante do conjunto arquitetônico que está tombando junto à praça Charles Miller, e não poderia ser demolida.
“Nós ficamos surpreendidos com a destruição de grande parte do estádio municipal do Pacaembu, inclusive das arquibancadas. Estranhamos que a empresa concessionária do Pacaembu esteja indo muito além daquilo que foi previsto na concessão”, disse o vereador nesta quarta.
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A obra, porém, foi autorizada pelo Condephaat e pelo Compresp, os conselhos do Patrimônio Histórico do estado e do município de São Paulo.
"As arquibancadas laterais serão reconstruídas com a mesma geometria das originais, conforme projeto aprovado pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico e nas secretarias municipais", diz nota da Allegra.
Em janeiro deste ano, a Allegra Pacaembu havia pedido a inclusão da Praça Charles Miller no contrato de concessão do estádio, sob a justificativa de compensar prejuízos causados pela pandemia. A Secretaria de Desestatização e Parcerias da Prefeitura de São Paulo deu aval interno para a inclusão da praça em abril.
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Em 25 de janeiro de 2020, a Allegra Pacaembu assumiu a gestão do Complexo Esportivo do Pacaembu por 35 anos.
“A concessionária prevê investir mais de R$ 400 milhões no bem público tombado, entregando de volta à cidade um equipamento totalmente restaurado e modernizado, respeitando sua história e amplificando seu significado”, diz a concessionária, em seu site oficial.
Ainda não há data para a audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo.
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