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Hospitais públicos e privados da Itália têm lançado processos seletivos internacionais | Reprodução IA
A Itália enfrenta uma das principais crises de mão de obra na saúde, com déficit superior a 65 mil profissionais entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
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Para suprir a demanda, hospitais públicos e privados têm lançado processos seletivos internacionais, com benefícios que incluem salários atrativos, custeio de passagem aérea e moradia subsidiada.
O movimento foi impulsionado pelo Decreto Milleproroghe, que flexibilizou o reconhecimento temporário de diplomas estrangeiros, permitindo que profissionais formados fora da Itália atuem de imediato, mesmo durante a análise de equivalência.
Segundo a advogada internacionalista Talita Dal Lago Fermanian, presidente da Câmara de Comércio Itália–Brasil, os brasileiros estão entre os mais valorizados.
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“O país precisa urgentemente de médicos, enfermeiros e técnicos, e os brasileiros são reconhecidos pela formação sólida e pelo atendimento humanizado.”, explica
Além da remuneração, hospitais oferecem pacotes de apoio com cursos de idioma, moradia subsidiada e ajuda na relocação. Os pacotes podem incluir “moradia, transporte local, curso de italiano, apoio com permesso di soggiorno e saúde pública.”, conta a advogada.
O decreto também abre caminho para descendentes de italianos. Para quem atuar na área por pelo menos dois anos poderá solicitar a cidadania, transformando a oportunidade em um projeto de vida definitivo na Europa.
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Entre as áreas disponíveis estão:
Sobre o exercício da profissão, ela explica: “O reconhecimento temporário é permitido em regime especial (esercizio temporaneo), via listas regionais, com autorização para trabalhar enquanto se processa o reconhecimento definitivo.”
Talita também reforça a importância da preparação documental.
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“É essencial providenciar diploma, histórico, antecedentes criminais, traduções juramentadas com apostille e a Declaração de Valor. Depois, preparar um currículo em italiano, assinar contrato por escrito antes de embarcar, solicitar o visto ou permesso di soggiorno e registrar-se na Itália.”, explica.
A advogada orienta ainda os que estão no Brasil: “O primeiro passo prático é providenciar a Declaração de Valor e os antecedentes criminais; paralelamente, começar os estudos básicos de italiano.”
Segundo Fermanian, muitos candidatos cometem falhas que comprometem a contratação: “Enviar currículo em português, aceitar propostas sem contrato, não validar diploma, não calcular o salário líquido e viajar sem visto estão entre os erros mais comuns.”
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O caminho para a contratação em hospitais italianos segue etapas bem definidas: “O processo envolve análise documental, entrevista, prova prática, verificação legal e assinatura de contrato.”
A língua italiana é considerada um dos principais desafios. “É exigido pelo menos nível básico (A2–B1). Hospitais oferecem cursos, mas eles não substituem o preparo prévio”, orienta a especialista.
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