SP registra aumento no preço médio do m2 de escritórios corporativos

O mercado de escritórios corporativos de alto padrão em São Paulo registrou vacância de 12,8% no terceiro trimestre de 2025, o menor índice da série histórica, e elevou o preço médio para R$ 142,63/m², de acordo com relatório da Cushman & Wakefield.

A demanda está concentrada nos corredores tradicionais, como Faria Lima e Vila Olímpia, enquanto áreas em expansão, como Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros (região norte), atraem empresas em busca de lajes modernas a preços menores.

Na Avenida Faria Lima, o m² atingiu o valor de R$ 285,64, mantendo-se como o endereço mais caro da capital paulista. Já na Juscelino Kubitschek, os preços médios ficaram próximos, em R$ 275/m².

Os valores da Chácara Santo Antônio e da Marginal Pinheiros atraem empresas em busca de lajes amplas e prédios modernos, com valores mais baixos de R$ 72,49/m² e R$ 80,42/m², respectivamente.

Apesar de oscilações, o saldo permanece positivo. “O mercado demonstra resiliência, com ocupantes mais seletivos e atentos à eficiência dos espaços”, avalia a Cushman & Wakefield.

Perfil de locatários

A Chucri Zaidan, que liderou o volume total de locações no trimestre, atraiu empresas de agronegócio, serviços financeiros, manufatura, comércio e serviços.

Na Chácara Santo Antônio, os destaques foram companhias de tecnologia da informação, enquanto a Faria Lima manteve o perfil tradicional, concentrando instituições financeiras e seguradoras.

Atualmente, São Paulo soma 133 edifícios corporativos de alto padrão, dois a mais que no início do ano. A Faria Lima concentra 27, seguida por Chucri Zaidan com 23 e Berrini com 13.

Expansão bilionária

Em agosto, a prefeitura de São Paulo, autorizou o leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) para a região da avenida Faria Lima. A compra dos títulos permite às construtoras erguer edifícios maiores.