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Djavan, 74: Conheça 7 músicas que citam o gênio da música brasileira

No aniversário de 74 anos de Djavan, a Gazeta relembra 7 músicas de Caetano, Racionais, Emicida, BK e Dilsinho que exaltam o artista

Bruno Hoffmann

26/01/2023 às 22:28  atualizado em 27/01/2023 às 11:41

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Djavan

Djavan | Divulgação/Site Oficial

O compositor Djavan completa 74 anos nesta sexta-feira (27). Um dos artistas mais originais da história do Brasil influenciou uma série de companheiros de profissão, seja da música popular, do samba ou do hip hop.

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Chamado muitas vezes de gênio, e com razão, Djavan por vezes é tachado como um artista de letras de difícil entendimento. O crítico musical Ricardo Cravo Albin explicou: “A originalidade de seus versos soltos e desparafusados permitem viagens estético-poéticas com várias interpretações e cargas”.

O fato é que o artista nascido em Maceíó colecionou admiradores eternos em 50 anos de carreira. Veja, abaixo, 7 vezes em que o seu nome aparece na música de outros grandes artistas brasileiros.

Eclipse Oculto, de Caetano Veloso (1983)

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Em Eclipse Oculto, Caetano Veloso narra uma tentativa de relação sexual que não teria dado certo, mesmo com a música de Djavan na vitrola:

“Nosso amor não deu certo, gargalhadas e lágrimas
De perto fomos quase nada
Tipo de amor que não pode dar certo na luz da manhã
E desperdiçamos os blues do Djavan”

Durante uma conversa com o poeta Eucanaã Ferraz em 2003, relatada pelo “UOL”, o artista revelou a inspiração para a canção:

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“É muito engraçada essa música. A história de uma brochada, uma transa que não deu certo. Foi totalmente documental isso. A outra pessoa se lembra direitinho e se surpreendeu por eu ter colocado todos os detalhes. Minhas músicas todas são autobiográficas".

Pra Ninguém, de Caetano Veloso (1997)


Caetano Veloso voltou a citar o amigo ao elencar em Pra Ninguém cantores e canções que considerava sublime:

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“Nana cantando Nesse Mesmo Lugar
Tim Maia cantando Arrastão
Bethânia cantando A primeira manhã
Djavan cantando Drão...”

De acordo com a música, inspirada na canção Paratodos, de Chico Buarque, só duas coisas seriam melhores que os artistas entoando essas obras: o silêncio e, “melhor do que o silêncio só João”, em referência a João Gilberto.

“’Pra ninguém’ é uma meditação sobre o mistério do cantar (não se cita ninguém cantando nada de sua própria autoria) e do ouvir cantar”, escreveu o cantor no disco Livro, de 1997, em que aparece a canção.

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Quanto Vale o Show?, Racionais (2014)

No rap-biográfico composto por Mano Brown, o artista passeia pelas memórias da infância, na zona sul de São Paulo, começando pelo ano de 1983. Entre marcas de roupas e o fato de já ter começado a beijar algumas meninas, Brown cita dois artistas que estavam estourados nas paradas de sucesso: Michael Jackson e Djavan:

“O kit era o faroait
O quente era o patchouli
O pica era o Djavan
O hit era o Billy Jean
Do rock ao black as mais tops
Nos dias de mais sorte ouvia elas no Som Pop”

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À época, Djavan colhia os frutos do sucesso de Flor-de-Lis e Luz, lançados no ano anterior, com direito a turnês internacionais concorridas, inclusive no disputado mercado norte-americano.

Qual Mentira Vou Acreditar?, dos Racionais (1997)

Em Qual Mentira Vou Acreditar?, Ice Blue cita um flerte que teve com uma garota em uma casa noturna de São Paulo. Ele, esperançoso, afirma na letra:

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“Será que ela aceita ir comigo pro baile?
Ou ir pra zona sul ter um grand finale?
Amor com gosto de gueto até as seis da manhã
Me chamar de meu preto e me cantar Djavan”

Só que a paquera dá errado ao descobrir que a jovem era fã de Guns N' Roses, da Transamérica e, pior de tudo, fazia comentários racistas.

Mufete, Emicida (2015)

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Em Mufete, Emicida homenageia as cidades de Praia, em Cabo Verde, e Luanda, na Angola, onde o rapper esteve no começo daquele ano ano e gravou parte do disco “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa”.

“One love, amor p'ôces (sério)
Djavan me disse uma vez
Que a terra cantaria ao tocar meus pés
Tanta alegria faz brilhar minha tês”

Em uma apresentação ao lado do artista, Emicida se desmanchou: “Ele consegue colocar um sentimento que é muito nosso dentro da composição de uma forma muito precisa, muito matemática. Eu brinco que eu não começo e nem finalizado nada sem ouvir o Djavan”, disse o rapper.

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“Ele é um arquiteto. Ele estrutura o negócio de uma maneira que a casa não desaba nunca mais. É isso que ele faz com a música”, completou Emicida.

Amanhecer, BK (2022)

O rapper carioca BK lançou Icarus em 2022, um dos álbuns mais aguardados da música contemporânea no ano passado. Uma das músicas que se destacou foi Amanhecer.

O refrão da música, sob produlção de Nansy Silvvz, traz a visão do artista sobre o que seria uma manhã feliz:

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“Já deixei minha peça de canto
Já pedi pra todos os santos
Amanhecer na casa de campo, ouvindo Djavan
Correndo atrás de ti feito um cigano...”

Presente do Destino, de Dilsinho (2017)

Em Presente do Destino, o compositor carioca elenca as situações que faz lembrar – e morrer de saudade – da amada:

“Cinema em 3D, séries de TV
Sempre me faz lembrar você
Bombom de avelã, ouvir Djavan
Sempre me faz lembrar você”

Em entrevista ao jornal “O Dia”, de 2018, o carioca destacou Djavan como uma de suas inspirações: “Sou fã de vários artistas, estou só no começo da minha carreira. Fábio Jr, Djavan, Caetano, Jota Quest... Consigo ficar aqui até amanhã falando de artistas que gosto e me identifico”.

Atualização:

Depois da publicação deste texto, um leitor lembrou que Luan Santana também citou o artista na canção Café com Leite:

'É que ninguém nunca morreu de amor E o primeiro eu sei que não vou ser Admite que ainda lembra Das noites frias, café com leite Um beijo quente, ao som de Djavan Ou de Luan, sou seu fã"

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